Linha 6 que atendia quatro bairros foi cancelada pela empresa Viação Rosa.
Em nota, Prefeitura de Itapetininga alega que não havia demanda suficiente.
A empresa de transporte coletivo em Itapetininga (SP), Viação Rosa, cancelou a Linha 6 que atendia os bairros dos Bancários, Vila Nastri, Jardim Colombo e Vila Prado. Segundo os usuários, o tempo médio de espera por ônibus era de 40 minutos. Agora leva de 1h30 a 2h para passar o transporte coletivo pelos locais, pois os bairros estão sendo atendidos apenas pela Linha Alciate Alpan. "Era bom demais. A gente não se atrasava para a escola, o médico ou Centro”, recorda a dona de casa Maria Inês da Silva.
A prefeitura afirma que a mudança aconteceu porque o itinerário não possuía demanda suficiente de passageiros em diversos horários. Em horário de pico, entre 7h e 9h, a média de passageiros era de 10 por viagem e nos demais horários média caía para três pessoas por viagem. O Executivo diz ainda na quarta-feira (11) realizará uma reunião com a empresa para analisar os impactos da mudança. A Viação Rosa foi procurada , mas não respondeu até às 16h desta terça-feira.
O auxiliar administrativo Guilherme Seiji Murosaki mora no bairro dos Bancários, em Itapetininga (SP), e afirma que depende do transporte coletivo para trabalhar. Contudo, ele conta que teve até que mudar o horário de entrada no serviço para não ter problema. “Antes eu chegava no horário, saía no horário, agora tenho que esperar uma hora e pouco depois que ele [ônibus] sai do primeiro horário para eu pegar o ônibus aqui nos bancários”, afirma.
A secretaria Caroline Pedroso Souza afirma que estava de férias e quase faltou no primeiro dia de trabalho do ano porque não sabia da alteração nas linhas. Ela mora no Jardim Colombo e diz que agora precisa pegar carona do marido.
“Eu pego carona com ele até o ponto da São Francisco, que é o único lugar mais próximo que passa táxi. Aí dali eu pego um táxi e vou para o trabalho. O primeiro dia foi um caos, porque fiquei dez dias de férias e não sabia que tinha mudado o horário, porque eles nem nos avisaram”, afirma.
A doméstica Laura Moreno conta que agora precisa andar a pé, pois antes a linha parava bem perto do trabalho. “Se quiser chegar no horário certo tem que andar um pouco a pé, que é às 8h. Senão chego lá umas 8h45, ou 9h e pouquinho”, diz.
E a situação é ainda pior aos finais de semana, ressalta a doméstica Luiza de Jesus Costa. “No sábado não tem condição. A gente sai daqui e vai a pé até o São Francisco. Agora, imagina o sol. Não tem condições”, diz.
A aposentada Esther de Medeiros Marcondes, de 74 anos, mora na vila nastri e vai pelo menos três vezes por semana ao centro da cidade. Com a alteração nas linhas está precisando que andar bastante pra chegar no ponto. “Quase meia hora para chegar no outro ponto. Fica difícil e não tem horário correto. Como que eu
vou saber, se eu tenho que chegar às 8h e tenho que procurar um ônibus lá longe”, afirma.
Fonte: G1