Manicure negra registrou queixa na Polícia Civil contra uma taxista por ter sido chamada de "macaca" dentro do veículo, em Itapetininga. Segundo José Luiz de Almeida, a entidade vai aguardar uma decisão da justiça.
O porta-voz e vice-presidente da Associação dos Taxistas de Itapetininga, José Luiz de Almeida, diz que a denúncia contra uma motorista por injúria racial é grave e a repercussão "afeta a classe". O caso foi registrado na delegacia pela manicure Hilda Maria de Campos, de 36 anos, no dia 21 de dezembro.
Segundo ele, a entidade preferiu não se envolver diretamente no caso e vai aguardar uma decisão da Justiça. "Ela já sabe que, se for culpada, não poderá mais trabalhar com a gente", conta.
"Não concordamos com racismo e condenamos isso. Todos são orientados a respeitar os passageiros, independente de classe, cor, gênero e religião. Nesse caso, vamos aguardar a Justiça decidir quem está errado", comenta José Luiz.
Segundo o porta-voz, essa denúncia de injúria racial foi discutida entre os membros da associação. "É um fato que afeta a classe. Já está difícil de trabalhar e ainda acontece isso", comenta.
Atualmente, Itapetininga tem 73 táxis circulando na cidade. O número de motoristas é maior, pois alguns veículos são usados por vários condutores.
De acordo com José Luiz, a taxista denunciada por injúria racial contra uma manicure negra em Itapetininga continua trabalhando. "Como eu disse, vamos aguardar a decisão da justiça", diz.