De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), 2020 foi o pior ano dos últimos cinco para a inflação, que fechou dezembro em 4,52%.
Dez meses após o início da pandemia do novo coronavírus no Brasil, em janeiro de 2021 ainda é possível perceber os reflexos que a Covid-19 causou na saúde e rotina das pessoas, mas também na economia da região de Itapetininga (SP).
De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), 2020 foi o pior dos últimos cinco anos para a inflação, que fechou dezembro em 4,52%.
Entre inúmeros fatores, essa inflação acaba significando também que, a cada ida aos supermercados, ou os consumidores gastam mais dinheiro ou voltam para casa com as sacolas mais vazias.
"Subiu tudo, a inflação foi lá para cima e agora não tem mais condições. Não adianta nem fazer pesquisa e comparar preços de um mercado para outro, porque não vamos achar", diz Laércio Aparecido de Carvalho.
Os alimentos são os produtos que mais lideram a inflação. Entre os campeões do aumento de preço estão a batata, com 67% a mais; o arroz, com alta de 76%; e o óleo de soja, que chegou a registrar um aumento de 103%.
"O óleo de soja subiu bastante. Pensei em substituir pela banha de porco, mas, quando fui ver o preço, estava R$ 18 o quilo", relata Jefferson Brustolin.
Já entre os produtos que tiveram quedas, apenas o limão que faz parte do grupo de alimentos foi incluído.
Com a alta deste produtos, que são considerados básicos, a criatividade para substituí-los fica cada vez mais difícil. Para o economista Wagner de Souza, a solução, neste momento, é tentar comprar menos.
"Muitas vezes, como o preço está acessível, as pessoas acabam consumindo mais do que precisam. Então, neste momento de alta nos preços, é a hora de controlar mais o consumo dos produtos para reduzir os gastos. É preciso se adequar à nova realidade", explica.
Em janeiro, os ramos de alimentação e bebidas sofreram maior alta, com 1,53%. Seguidos deles estão artigos para residência e habitação. De acordo com o economista, tudo isso acaba sendo um reflexo direto da pandemia.
"Com a pandemia, as pessoas começaram a se alimentar mais em casa. Com isso, aumenta o consumo de alimentos. Com esse aumento no consumo, consequentemente os preços também sobem. Então, isso faz com que tenha uma interferência direta com os índices que medem o IPCA", finaliza o economista.