'Não me incomoda', diz única mulher em torneio de programação

Evento reuniu 66 alunos de programação no fim de semana em Sorocaba. 
Coordenadora acredita que avanço tecnológico pode atrair mais mulheres.


Foco total e zero intimidação. É assim que a a estudante de análise e desenvolvimento de sistemas Natielle Gonçalves de Sá, de 18 anos, chega para participar da 21ª Maratona de Programação em Sorocaba (SP), realizada no domingo (10), em um dos laboratórios de computação da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens). Única mulher entre os 66 estudantes, ela chega a prender os cabelos para se concentrar, mas mantém a feminilidade e diz que torce por mais mulheres no cenário. 
"Não me incomoda [ser a única mulher]. Mas seria legal que as meninas do curso se interessassem por esse tipo de maratona. Porque estimula a gente. É como o futebol feminino, muitos ainda falam que é coisa de homem", analisa. 
Escolha exatas
O grande número de alunos do sexo oposto, tanto no curso quanto nesse tipo de torneio, nunca foi um problema para a aluna. Com dois irmãos mais novos, a jovem nascida em Salto (SP) diz que seu interesse por computador e a curiosidade para saber como os sistemas são desenvolvidos sobressaem a qualquer diferença de gênero.
Apesar do apoio da família desde o momento em que prestou vestibular, Natielle não esconde que os pais não entendem muito bem o que ela faz. "Eles não mexem muito na internet e não conhecem muito bem essa área de programação. Meus pais ficaram surpresos quando eu falei no que gostaria de trabalhar, mas aceitaram. Isso já basta."
Dos mais de 60 alunos inscritos em maratona de programação, apenas Natielle é mulher (Foto: Amanda Campos/G1)
Fonte: G1

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