Moradores dividem os gastos e cuidados de cães e gatos abandonados.
Em uma faculdade da cidade, professores cuidam do cãozinho 'Woody'.
Com o objetivo de retirar os animais abandonados das ruas e oferecer comida e carinho, moradores de Itapetininga decidiram realizar a adoção compartilhada, que consiste em dividir os gastos e cuidados com os animais. Na unidade do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), por exemplo, um grupo de professores decidiu cuidar do Woody, um cãozinho que apareceu magro e debilitado em frente à unidade. Por conta do carinho recebido, Woody aparece todos os dias no Instituto.
“Um professor daqui que gostava de cachorros resolveu acolhê-lo e deu todo carinho e alimentação. Ele pensou em castrá-lo, mas aconteceu uma surpresa. O cachorro começou a ficar aqui sem sair nem para dar uma volta. Ele está com a gente até hoje e, agora, é acolhido por todos, alunos e funcionários”, conta a professora Elissa Fontes.
Ainda segundo Elissa, o animal chega a “ajudar’ alguns funcionários da segurança durante as rondas. “Com os vigias o amor vai além. Ele fica praticamente o dia todo com eles e até dorme na guarita. São eles os responsáveis por alimentá-lo. A gente até faz uma vaquinha, mas são os vigias que o alimentam. Então, ele criou uma afinidade grande com eles”, destaca Elissa.
Entretanto, apesar do carinho com Woody, a professora pondera que os estudantes da entidade sabem que o lugar não é o ideal para um cão viver. “A gente pede até que eles não alimentem o Woody, porque os outros cachorros que vêm aqui vão ver que tem alimento e vão querer ficar também. Por mais que a gente tenha cuidado, a gente sabe que este não é o lugar para os animais. Então, orientamos para que os alunos não deem alimento para que outros cachorros fiquem em lugares adequados”, afirma.
Proprietária de um consultório no município, a veterinária Bruna Fioravante também aderiu à ideia quando uma gata apareceu no local. Especialista no assunto, ela ressalta que quem resolve cuidar de um animal de rua deve ter em mente que os cuidados com a saúde são fundamentais.
“O ideal é que castrem esses animais e façam o esquema de vacina. Como geralmente são animais adultos, a gente vacina e, após 21 dias, fazemos o reforço e depois complementamos com a vacina anual. É importante castrar, porque como são animais que estavam na rua eles podem adquirir TVT, que é o Tumor Venéreo Transmissível”, orienta.
Fonte: G1