Moradores estão preocupados com a proliferação de dengue no município.
Prefeitura diz que a reabertura do Ecoponto deve ocorrer nos próximos dias.
O único Ecoponto de Itapetininga, que fica na Vila Paulo Ayres, está interditado desde semana passada e moradores afirmam que estão preocupados com o acúmulo de lixo em terrenos do bairro, já que podem se tornar criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Em nota, a prefeitura informou que o local seguirá fechado até que um contrato com uma empresa legalizada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para fazer a moagem dos entulhos. A previsão é de que a reabertura ocorra nos próximos dias. Ainda segundo a prefeitura, outros três pontos da cidade estão sendo estudados para que outros ecopontos sejam instalados
Morador do Jardim Fogaça, o pedreiro Valdir Rodrigues Marcondes destaca que ele e os vizinhos convivem com o medo do Aedes aegypti. Próximo de sua casa, o lixo tem sido despejado em um terreno. “É perigoso esse monte de lixo. Se estivesse limpo seria melhor. Tem escola e tudo por aqui, então fica ruim para a gente”, revela.
Na Vila Sônia, o cenário se repete. Garrafas de vidro, sofás e pneus em um terreno que passou a servir como lixão no local. “Eles culpam [a população do bairro] de jogar lixo aqui. Ma vêm trator e caminhão de firmas de fora jogar lixo“, alega o aposentado Nelson Pinheiro do Amaral.
A reportagem esteve no local e flagrou um morador despejando entulhos no Ecoponto mesmo após a interdição. O carreteiro Leonardo Eduardo Coelho de Oliveira explica que para os coletores e carreteiros não há o que fazer. “A prefeitura cortou nosso ponto de coleta. Faz falta para a gente”, completa.
Carroceiro há 15 anos, Benedito da Silva alega que não sabe onde despejar os entulhos com o fechamento do ecoponto. Para ele, é preciso que outros lugares sejam construídos. “Precisava de um lugar certo, mas não tem outro”, lamenta.
De acordo com o gerente da Cetesb, Dirceu Micheli, o local não precisa de licença para funcionar. “Isso deveria ser disposto temporariamente e a prefeitura rapidamente ir lá remover e dar uma definição adequada. Pela natureza da atividade, que é temporária, para saneamento da cidade, isso não é objeto de licenciamento. Apenas a disposição final é licenciada pela Cetesb”, explica.
Ainda segundo Micheli, a fiscalização “não está na rotina de trabalho” do órgão. “Porém, mediante denúncias e casos que aparecem, a gente acaba tendo que fiscalizar sim. A resolução Conama 307, de 2002, já estabelecia que os municípios elaborassem planos de gerenciamento dos resíduos. Isso foi reiterado em 2006, pelo Plano Estadual de Resíduos Sólidos. E em 2010, pela Política Nacional de Resíduos Sólidos. Mas, infelizmente, os municípios não têm evoluído como a legislação prevê”, diz
Fonte: G1.