Polícia faz exumação do corpo de jovem que foi queimada e estuprada

Vítima foi achada morta em rodovia de Itapetininga há 7 meses.
Polícia técnica fará reconstrução facial em 3D para tentar identificá-la.


O corpo de uma adolescente grávida que foi estuprada, queimada viva e assassinada no dia 31 de outubro de 2015,  em Itapetininga (SP), foi exumado nesta terça-feira (14) pela Polícia Científica a pedido da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), responsável pelo caso. De acordo com o delegado Agnaldo Ramos, o objetivo da exumação, que teve autorização da Justiça, é para que os peritos do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção a Pessoas (DHPP) possam fazer a reconstrução digital do rosto da jovem com base no crânio dela para poder identificá-la.
Segundo o delegado, a jovem tinha entre 14 e 17 anos, era de cor parda, tinha cabelo crespo e 1,55 metros de altura. Contudo, ela ainda não foi reconhecida durante os sete meses de investigações. Na época, ela foi encontrada nua em um terreno às margens da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Itapetininga, com as mãos e o rosto queimados. Até o momento nenhum suspeito foi preso.
“As mãos dela estavam queimadas e amarradas em uma corda. Por isso não conseguimos identificar a digital. O rosto estava queimado, sendo impossível a identificação. Estamos pedindo agora esse trabalho do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção a Pessoas (DHPP), que é um exame não muito usual, porque tentamos de todas as formas reconhecê-la nos bancos de desaparecidos da região e do Estado, mas sem sucesso”, comenta Ramos.
Ainda de acordo com Ramos, há sinais de extrema violência no homicídio, mas nenhuma arma foi encontrada perto do corpo. “A perícia constatou que a adolescente estava grávida de um mês, que foi estuprada, esganada, além de ter sofrido traumatismo craniano pela batida de uma pedra ou pedaço de madeira. Além disso, laudos apontaram que o fogo foi ateado no corpo dela enquanto ainda estava viva, já que sinais de reação às queimaduras foram constatados. Provavelmente foi usado gasolina para iniciar as chamas”, explica o delegado.
O delegado espera ter o retrato falado em 3D da adolescente entre 30 e 40 dias. O crânio da vítima foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) de Itapetininga nesta terça-feira no Cemitério São João Batista e depois será buscado por uma equipe da Polícia Científica em São Paulo. “Assim que tivermos essa imagem iremos divulgá-la afim de encontrar alguém que reconheça essa adolescente”, conclui.
Polícia Civil investiga morte de grávida há sete meses (Foto: Airton Salles Jr./ TV TEM)
Fonte: G1

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