- Jovem de 15 anos, de Itapetininga, está grávida e ficou 8 horas refém.
Outras duas vítimas reconheceram o homem; 'Nada a dizer', alegou suspeito.
A adolescente grávida de 15 anos que foi sequestrada por oito horas e estuprada, em Itapetininga(SP), diz que o suspeito, de 39 anos, ameaçou a família dela caso resistisse ao abuso sexual. “Falou que seu não fizesse nada com ele, ele iria matar minha mãe. Falou que tinha gente vigiando a minha casa, meus irmãos. Falou que tinha uma arma no carro. Começou a falar um monte de coisa. E eu tinha que fazer tudo o que ele falava”, disse a jovem.
O crime aconteceu em 28 de dezembro em Itapetininga e terminou com o suspeito sendo baleado e perseguido em Araçoiaba da Serra (SP). Em 31 de dezembro o resultado do exame de corpo de delito confirmou o estupro. Outras duas mulheres, de Sorocaba (SP) e Araçoiaba da Serra (SP), disseram à polícia ser outras possíveis vítimas do mesmo suspeito.
Nesta segunda-feira, as duas jovens foram à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga e reconheceram o suspeito. As três vítimas foram sequestradas, extorquidas e abusadas sexualmente em menos de um mês, em dezembro. “Na verdade o norte era o assalto, e no transcorrer do crime, quando ele esperava vir o dinheiro, daí ele abusava sexualmente da vítima”, explica o delegado Agnaldo Nogueira Ramos.
O delegado Ramos diz que pode haver mais vítimas e espera que elas denunciem. O criminoso não tinha passagens pela polícia até então, mas já foi indiciado pelos crimes de sequestro e abuso sexual. Se condenado, pode pegar até 30 anos de prisão.
Depoimento das vítimas e do suspeito
A primeira vítima atacada por ele em Sorocaba, uma jovem de 23 anos, chorou e estava muito nervosa durante reconhecimento na DIG. Sem dinheiro para o resgate, ela conta que levou o suspeito até a porta da própria casa para conseguir algum objeto de valor. “Pediu R$ 1 mil. Eu falei que não tinha, que tinha só uma parte. Então ele falou que tinha que dar objetos para ele fazer dinheiro”, revelou.
A primeira vítima atacada por ele em Sorocaba, uma jovem de 23 anos, chorou e estava muito nervosa durante reconhecimento na DIG. Sem dinheiro para o resgate, ela conta que levou o suspeito até a porta da própria casa para conseguir algum objeto de valor. “Pediu R$ 1 mil. Eu falei que não tinha, que tinha só uma parte. Então ele falou que tinha que dar objetos para ele fazer dinheiro”, revelou.
De acordo com a DIG, a segunda vítima foi outra jovem em Araçoiaba da Serra que contou que além de ameaças, o suspeito obrigou que a jovem ajudasse na abordagem de outras mulheres. “Mandava oferecer carona. Depois que a pessoa entrava no carro conversava com a pessoa como se nada estivesse acontecendo. Na primeira estrada de terra, algum canto escondido que ele achasse, entrava e anunciava o assalto”, afirmou.
Além do reconhecimento e depoimento das vítimas, o suspeito também respondeu ao delegado sobre as acusações. O homem, que é casado e tem três filhos, alegou que as palavras não mudam o que aconteceu sobre o último caso. “Por mais que eu fale o que aconteceu, minha palavra não vai resolver nada”, informou o suspeito. Já sobre os casos anteriores, se limitou a ficar em silêncio: “Não tenho nada a dizer.”
Fonte: G1