Governo reforma Serra da Macaca, mas 'esquece' 25 km, diz população

- A partir do Parque Carlos Botelho, via está boa em São Miguel Arcanjo (SP).
Motoristas e ciclista reclamam dos problemas; DER diz que vistoriará local.



Motoristas, pedestres e ciclistas reclamam dos 25 quilômetros da Rodovia Nequinho Fogaça (SP-139), ou Serra da Macaca, no trecho anterior ao Parque Estadual Carlos Botelho, em São Miguel Arcanjo (SP). É que a via foi reformada a partir do parque, um trajeto de 33 quilômetros que custou R$ 54,7 milhões em dois anos de trabalho do governo estadual. A população diz que o governo não fez a obra por completo e que ainda faltam alguns quilômetros para conserto.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) diz que realiza os serviços de conservação e manutenção na SP-139, o que inclui o trecho citado pelos motoristas. O departamento afirma que vai vistoriar o local e, caso seja necessário, reforçará a sinalização e a conservação da via.
Enquanto isso, o motorista Marcelo dos Anjos enfrentará a falta de visibilidade toda vez que viajar à noite. “Acho que deveria ter mais olhos de gato para enxergar mais. À noite não tem iluminação. A faixa amarela muitas vezes não tem como enxergar, ainda mais com neblina”, cita.
Um dos pontos de risco na via é na Ponte Antônio Rosa do Nascimento. Durante à noite, fica difícil ver o limite da estrutura que suporta um veículo por vez. O pastor Daniel de Sota afirma já ter visto três acidentes em quatro anos. “O último ocoreu com um ônibus escolar e uma Kombi. Pela ponte ser estreita, os dois colidiram de frente, sorte que não teve ferido. Mas dependia do alargamento da ponte.”
A falta de canaleta para as enxurradas da chuva também gera transtornos. Para quem trafega de motocicleta, como o auxiliar de açougueiro Natanael Osório Júnior, o risco de acidente é ainda maior. “Quando chove forte a água vem tudo por cima do asfalto, e isso pode causar acidentes”, comenta.
Além disso, faz tempo que a estrada não ganha asfalto novo. Tem lugares que saíram umas lascas e o piso ficou bem irregular. O motoboy Almir Antônio da Silva reforça a necessidade de recapeamento: “Nesses tempos atrás e eu caí num buraco e tive que esperar um pouco, para passar alguém para me socorrer”, conta.
Mas não só motoristas e ciclistas são afetados. Como falta acostamento, tanto pedestres e ciclistas precisam trafegar pelo canto da via, dividindo espaço com caminhões. O ciclista Rodrigo Souza, por exemplo, sempre faz este caminho para ir de Itapetininga (SP) ao litoral. Pouco antes de conversar com a equipe da TV TEM, ele quase foi atropelado. “Uns 20 quilômetros atrás a gente estava circulando pela via, bem pelo canto do mato, aí um caminhão veio e quase atropelou a gente, porque não tinha como dividir o espaço”, conclui.
Pista tem deformações ao longo de 25 quilômetros (Foto: Reprodução/ TV TEM)

fonte: G1

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