- Homem foi à DDM de Itapetininga (SP) na sexta (2), após 5 dias foragido.
Ele disse estar triste por ter sido abandonado com as filhas, conta delegada.
O ex-marido da jovem Carolina Araújo Ferrarezi, de 26 anos, confessou à polícia que a matou com um canivete em 27 de setembro deste ano em Itapetininga (SP) e se entregou à polícia na tarde de sexta-feira (2). Segundo a delegada Leila Tardelli, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), o homem de 30 anos afirmou que cometeu o homicídio por "amar demais" a ex-mulher. “Ele falou que estava muito triste por ter sido abandonado com as duas filhas do casal, de 5 e 7 anos, na casa onde moravam, no fundo da residência da mãe dele. E que quando a viu com um rapaz em um bar, surtou. Disse ainda que estava arrependido do que fez”, diz Leila nesta segunda-feira (5).
A vítima tinha medida protetiva e no mínimo cinco boletins de ocorrência registrados contra o agressor desde 2011. O crime ocorreu na madrugada de um domingo em uma rua no Jardim Paulista, em Itapetininga. Segundo uma amiga da vítima, que não quis se identificar e que disse ter testemunhado o assassinato, o agressor era violento e não teria aceitado o fim do relacionamento há um ano e meio.
Depois de se entregar à DDM e prestar depoimento, o suspeito foi encaminhado à cadeia de Capão Bonito (SP). Além da confissão, o depoimento de duas testemunhas e imagens de uma câmera de segurança de uma casa que filmou o ato são as provas contra ele, afirma Leila. O inquérito deve ser terminado até sexta-feira (9), conta.
O homem responderá pelo crime de homicídio qualificado com agravante pela vítima ser mulher e sem chance de defesa, podendo pegar de 12 a 30 anos de prisão, aponta a delegada. As filhas do casal ficarão com a avó paterna. Carolina estava desempregada. Ela e o suspeito, que trabalha como gesseiro, ficaram casados por sete anos.
Entenda o caso
Segundo o boletim de ocorrência, a vítima voltava do bar com amigos quando foi atingida por dez golpes da arma. Já uma testemunha que estava no local diz que foram 25. Ainda segundo a testemunha, o ex-marido estava na rua da casa da vítima, esperando a jovem voltar do local com amigos, quando a atingiu. Ela sofreu golpes no abdômen, segundo o boletim de ocorrência, e foi encaminhada para o pronto-socorro do Hospital Regional, mas não resistiu.
Segundo o boletim de ocorrência, a vítima voltava do bar com amigos quando foi atingida por dez golpes da arma. Já uma testemunha que estava no local diz que foram 25. Ainda segundo a testemunha, o ex-marido estava na rua da casa da vítima, esperando a jovem voltar do local com amigos, quando a atingiu. Ela sofreu golpes no abdômen, segundo o boletim de ocorrência, e foi encaminhada para o pronto-socorro do Hospital Regional, mas não resistiu.
Horas antes do homicídio, os dois se encontraram em um bar na Vila Aparecida, afirma Leila. Em depoimento, o suspeito afirma que tentou agredir o rapaz que acompanhava a ex-mulher e que, por este motivo, foi retirado e apanhou dos seguranças.
“Ele falou que se sentiu humilhado ao vê-la tirando sarro dele por apanhar. Disse que um irmão dele que estava no bar o ajudou a voltar para casa. Ele contou que pegou um canivete (a testemunha fala em punhal) para se vingar dos seguranças, mas que, por coincidência, encontrou a ex-mulher e perdeu o controle da situação, dando as facadas”, afirma a delegada.
Nos cinco dias em que ficou foragido, o suspeito confessou ter se escondido na casa de um amigo. “Primeiro ele falou que estava em um matagal, mas como estava limpo, confessou que ficou com um amigo. A prisão temporária dura 30 dias, mas o inquérito acabará antes”, conclui Leila.
fonte: G1