Morador diz que filha até se mudou por não ter com quem deixar crianças.
Prefeitura põe culpa em construtora e promete inauguração este ano.
A única creche do Distrito Tupi em Itapetininga (SP) atrasará 2 anos para inaugurar, segundo a prefeitura. A unidade começou a ser levantada em abril de 2013 e deveria terminar em dezembro do mesmo ano, mas a nova previsão é que ela inaugure somente em dezembro deste ano. Com a falta da escola infantil, pais e mães que trabalham no distrito têm que deixar os filhos com babás, aponta o motorista Valtair Svab. O local tem somente escola para ensino fundamental e médio. “Minha filha se mudou ao Paraná porque não encontrava trabalho e quando encontrou não tinha com quem deixar os dois filhos. A maioria das mães que trabalha deixa com uma babá que atende diversas crianças ao mesmo tempo”, diz.
A Prefeitura de Itapetininga afirma que a obra atrasou porque quando estava 60% concluída, no início de 2014, houve descumprimento de uma cláusula do contrato por parte da empresa contratada e a rescisão do documento. Outra empresa foi contratada para finalizar a obra. De acordo com a prefeitura, R$ 950 mil já foram gastos na construção da escola. A previsão é que em janeiro de 2016 ela comece a atender alunos.
Para Valtair Svab, a situação da creche é um exemplo do abandono sofrido pelos moradores do distrito. “Fazem cinco anos que moro aqui e nunca a população recebe atenção do poder público. Até mesmo a representação política que temos não contribui para nenhuma melhoria”, reclama.
Ruas sem asfalto
O Distrito do Tupi fica a 25 quilômetros do centro da cidade pela Rodovia Raposo Tavares (SP-270). Além do problema com o atraso para inauguração da creche, a falta de asfalto em muitas ruas do local é motivo de reclamação. Os moradores dizem que já pediram várias vezes, mas por enquanto a realidade deles é poeira em dia de sol e enchente em dia de chuva.
O Distrito do Tupi fica a 25 quilômetros do centro da cidade pela Rodovia Raposo Tavares (SP-270). Além do problema com o atraso para inauguração da creche, a falta de asfalto em muitas ruas do local é motivo de reclamação. Os moradores dizem que já pediram várias vezes, mas por enquanto a realidade deles é poeira em dia de sol e enchente em dia de chuva.
Segundo eles, contam que a última vez que um caminhão passou pra jogar pedras foi há três anos. Quando isso acontece, ameniza um pouco a situação. Mas nada que se compare a asfalto, dizem. “Faz muito tempo que a gente se encontra nessa situação e quando chove desce uma grande enxurrada. As pessoas que têm a casa no nível mais baixo não tem condições, porque entra água dentro da casa. Não sabemos mais o que fazer”, lamenta o vendedor Odair Pinheiro.
fonte: G1