Segundo a Polícia Civil de Avaré (SP), mulher relatou que agiu em legítima defesa. Ela foi liberada após decisão da Justiça.
Um exame feito na jovem de 27 anos que foi presa suspeita de matar o marido com uma facada no pescoço, em Avaré (SP), apontou que ela também sofreu agressões, de acordo com a Polícia Civil.
O crime ocorreu no dia 24 de julho e o inquérito policial que investiga o caso foi relatado à Justiça no fim do mês passado. Segundo a polícia, a mulher foi presa em flagrante pela morte de Wellington Henrique de Arruda, de 30 anos, mas foi liberada no dia seguinte após decisão da Justiça.
O delegado Marco Aurélio Gonçalves disse que teve que relatar o inquérito policial em 30 dias por causa do flagrante, no entanto, explicou que as investigações continuam para comprovar o relato da suspeita, que alegou legítima defesa.
“Estamos ouvindo testemunhas do caso. Uma vizinha confirmou o histórico de agressão envolvendo o falecido e estamos conversando com outras pessoas que teriam presenciado o desentendimento momentos antes da morte”, afirma.
Além dos depoimentos, a Polícia Civil também analisou os laudos periciais do caso, incluindo o exame de corpo de delito da jovem, que constatou agressões.
“Foram constatadas lesões corporais nela, indicando que ela foi agredida. E pelo exame, eram lesões recentes”, aponta.
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher relatou à polícia que o marido estava fora de casa por três dias e o encontrou quando ela passou na frente de um bar da cidade com o filho de um ano no colo. Segundo a versão da jovem à polícia, o homem tentou pegar a criança, mas ela se recusou a entregá-la porque o marido estava embriagado.
Ainda segundo o depoimento no boletim de ocorrência, o casal foi para casa e começou uma discussão. Durante a briga, a mulher contou aos policiais que o homem tentou esganá-la e ela pegou uma faca para se defender.
Wellington foi atingido no pescoço e não resistiu aos ferimentos. Já a mulher foi presa em flagrante e liberada na audiência de custódia.
Segundo a Polícia Civil, o juiz decidiu pelo alvará de soltura porque a jovem alegou legítima defesa e tem o filho de um ano de idade.