De acordo com proprietário, em Bernardino de Campos (SP), incêndio começou com curto-circuito em um veículo. Chamas atingiram um cilindro de gás acetileno, usado para soldas, causando uma explosão.
O dono da oficina que pegou fogo na madrugada de quinta-feira (11), em Bernardino de Campos (SP), estima um prejuízo em R$ 200 mil. Segundo o funileiro, além do imóvel, cinco carros e uma moto ficaram destruídos.
“As chamas foram tão fortes que queimaram até o motor da moto, sobraram só as cinzas”, lamenta Renato Tada Marini.
Renato conta que apenas dois dos carros que estavam no local possuem seguro e que a reconstrução do imóvel deve acontecer apenas no final do ano.
Segundo o funileiro, o incêndio começou por volta de 1h30, após um dos carros da oficina sofrer um curto-circuito na parte elétrica, e que sua mãe e irmãos, que moram no fundo do comércio, sentiram o cheiro da fumaça no galpão. Foram eles que acionaram os bombeiros.
“O fogo atingiu o volante e os estofados passando para os outros carros. Acontece que sou funileiro e tinham muitas tintas inflamáveis no galpão. O fogo espalhou muito rápido, não deu tempo de salvar nada”, conta o proprietário.
Ainda de acordo com Renato, seus familiares perceberam o incêndio atingiu um cilindro de acetileno, gás utilizado para soldar metais, provocando uma explosão.
O funileiro comenta que os parentes precisaram fugir do local saltando pelo muro de trás do terreno. Durante a fuga, a mãe de Renato passou mal e precisou de atendimento médico.
Além dos cinco carros e da moto queimada, o incêndio também atingiu ferramentas, insumos e documentos da oficina. “O fogo foi tão forte que até o meu computador derreteu. Perdi toda a minha documentação, sobraram apenas os documentos pessoais”, comenta.
Os bombeiros levaram cerca de uma hora para conseguir conter as chamas na oficina.
Prejuízo de R$200 mil
Dos cinco carros que estavam na oficina, apenas os dois que pertenciam a Renato possuem seguro. O proprietário também não possui seguro do estabelecimento e não sabe como fará para arcar com o prejuízo.
"O maior prejudicado sou eu, não tenho dinheiro para reformar tudo agora, mas se for preciso darei um jeito. A gente trabalha até pagar", ressalta.
O funileiro também comentou que pretende conversar com os clientes dos carros queimados para acertar o prejuízo. Além do compromisso dos carros, ele teme que não terá como trabalhar.
"Eu tinha muitos equipamentos, ferramentas, muitas marcas de tintas e até um elevador para os carros. Até eu comprar tudo isso de novo, estimo que só voltarei ao trabalho no final do ano."
Além da oficina, as chamas também atingiram a casa ao lado. De acordo com Renato, ele já havia alertado ao proprietário que o fato dos imóveis serem geminados poderia ser um problema. "Expliquei para ele que o muro utilizado para construir a casa era meu e que se algo acontecesse com a oficina também poderia prejudicar a estrutura da casa", comenta.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas que estavam no telhado chegaram a passar para o vizinho e comprometeram parte de uma parede. O fogo teria descido pelo teto e atingiu um armário dos moradores. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.
Uma equipe da Prefeitura de Bernardino de Campos foi ao local na manhã de quinta-feira para verificar os estragos. De acordo com o funileiro, a oficina está interditada com risco de desabamento.