Estudante perde emprego após queda de passarela improvisada em Laranjal Paulista

 Beatriz Alves deixou de ir trabalhar porque não tinha acesso direto ao ponto de embarque. A passagem ruiu durante uma forte chuva que atingiu a cidade.


A queda de uma passarela de madeira improvisada durante uma forte chuva em Laranjal Paulista (SP) causou a perda do emprego da estudante Beatriz Alves, 22 anos, moradora do bairro Indaguaçu. Sem acesso seguro para chegar ao ponto de embarque rumo ao trabalho, a jovem acabou dispensada de um frigorífico instalado em Jumirim (SP).

A passarela ruiu durante uma forte chuva registrada em 13 de janeiro na cidade de Laranjal Paulista. O acesso era usado para moradores do Indaguaçu acessarem o bairro Cohab São Roque.

O acesso de madeira era usado somente por pedestres. A passagem ficava sobre um riacho, o qual divide os dois bairros.

Segundo Beatriz, a passagem, apesar de improvisada, era o meio mais seguro e rápido de acessar o bairro vizinho. Sem a passarela, é preciso caminhar cerca de 2 quilômetros em uma estrada de terra e sem iluminação.

"Normalmente, para ir trabalhar eu saía de casa às 4h30 da madrugada e pegava o ônibus da empresa às 5h. Nesse horário, com tudo escuro, eu não iria me arriscar a caminhar sozinha por 2 quilômetros", comenta Beartiz.

Sem a passarela, os moradores arrumaram um jeito de fazer a travessia entre os bairros. Colocaram dois pedaços de madeira sobre o riacho e, para vencer os barrancos, instalaram cordas para auxiliar a subida e a descida do terreno.

"Agora dá pra fazer isso porque não está chovendo. Se o nível da água subir, não tem jeito", diz Beatriz.

A chuva responsável pela queda da passarela atingiu mais diretamente o distrito de Maristela, em Laranjal Paulista. Ruas ficaram alagadas e moradores ilhados. Duas residências precisaram ser monitoradas pela Defesa Civil. Ninguém ficou ferido.

Segundo a prefeitura, a passarela fica em um acesso de app, onde não pode ser construída uma ponte e na próxima semana equipes serão enviadas para fazer reparos no local, mas sem previsão de término.



Fonte: G1




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