Pais reclamam que crianças do terceiro e
quarto ano estão sem aulas há um mês. Segundo a prefeitura, os alunos estão
temporariamente em outras salas
Alunos do terceiro e quarto ano da Escola Municipal de
Ensino Fundamental (EMEF) Professora Lóide Lara, em Itapetininga (SP), estão há
um mês com as aulas prejudicadas devido à falta de professores, segundo os
pais. De acordo com eles, as duas profissionais que trabalhavam na unidade
saíram de licença e não foram substituídas.
Em nota, a prefeitura informou que uma das
professoras se licenciou por motivos de saúde e a outra para mudar de unidade
escolar. O Executivo ressaltou que os alunos do terceiro e quarto ano estão
temporariamente sendo divididos em outras salas, sem qualquer prejuízo às
atividades curriculares. A Secretaria da Educação esclareceu ainda que os
alunos não estão sendo dispensados das aulas e dos projetos.
Em relação à substituição de professores,
a prefeitura também afirmou que já está tomando todas as providências para que
a demanda seja resolvida o mais rápido possível, e reforça que as atribuições
de aulas para a substituição acontecem todas as quintas-feiras.
Ao todo, 50 alunos de 8 e 9 anos estão sem as professoras. De acordo com
os pais, os estudantes ficavam na escola durante o tempo integral. Agora, eles
passam metade do tempo sem estudar e afirmam que o rendimento das crianças caiu.
“Minha filha é uma ótima aluna. Porém, eu estou
percebendo que a falta de aula esta interferindo na educação dela. Nem na
escola ela está querendo ir mais e não entende o porquê não esta tendo aula”,
conta a dona de casa Maíra Caroline de Toledo Custório.
Para a cuidadora Simone Aparecida Vieira
Vaz, a situação fica mais difícil, pois como trabalha fora, teve que deixar o
filho com alguém, já que na escola não tem aula. “Eu tenho que deixar ele com
minha mãe, pois não tem como deixar ele sozinho no pátio da escola. Isso é um
desrespeito”, afirma.
Algumas mães disseram que a diretoria da escola até
sugeriu que os alunos estudem em outras salas, mas o conteúdo aplicado não é o
mesmo e as salas, neste caso, ficam lotadas. “Não tem como deixar eles juntos,
pois eles ficam todos amontoados e uma professora não tem condições de cuidar
de tantos alunos. Meu filho vem de manhã e participa do projeto, porém, ao
meio-dia, ele vai embora, pois a tarde não tem aula. Queremos apenas saber onde
estão os professores”, lamenta a dona de casa Cintia Aparecida da Conceição.
A dona de casa Liliam Aparecida Vieira
Pinto disse que já cobrou uma posição da diretoria da escola, porém até agora a
situação é mesma. “Eles disseram que já protocolaram o pedido de professores
substitutos e que a situação seria normalizada em 30 dias, porém já faz mais de
um mês e até agora a situação é mesma”, conclui.
Fonte: G1