Pesquisa comparou período de julho a setembro em 2015 e 2016.
Este ano foram registrados 119 casos de ameaças, calúnia e difamação.
O número de casos de ameaças, calúnia e difamação contra mulheres aumentou este ano em Itapetininga (SP), segundo a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Em 2015, entre julho e setembro, foram registrados 99 casos. Já este ano, no mesmo período, foram 119 casos.
Para a delegada responsável pela DDM na cidade, Leila Tardelli, as mulheres que sofrem violência doméstica ou familiar devem tomar uma iniciativa rápida para prevenir os casos. Segunda ela, a vergonha e o medo são os principais empecilhos para as vítimas que apanham ou são ofendidas pelos parceiros denunciarem.
“Por medo e vergonha, a mulher sente que não deve ter a vida dela exposta e acha que vai resolver a situação sozinha. São inúmeros fatores que levam a mulher a protelar uma situação de violência”, explica.
Ainda segundo a delegada, a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio são duas importantes ferramentas para se combater a violência contra mulheres. No entanto, muitas vítimas ainda não compreendem o uso e a existência de leis destinadas à preservação da integridade feminina, o que contribui para o alto índice registrado.
“A lei Maria da Penha é uma lei moderna e eficaz, que abrange principalmente as agressões psíquicas como ameaças, injúrias e xingamentos. Se há violência física, é porque já houve xingamentos. Então, a lei existe para que a mulher saia dessa situação. Já a lei do feminicídio veio para tentar agravar a situação de violência. O feminicídio nada mais é do que um homicídio por ser mulher. É uma questão de gênero. Não podemos pensar nessa situação extrema. Precisamos prevenir. E de que forma isso é feito? Denunciando, entendendo e conhecendo a lei”, completa.
Me queimou com a colher’
Uma moradora de Itapetininga, que preferiu não ter a identidade revelada, conta que faz parte da estatísticas de mulheres vítimas de agressão e ofensas. “Eu levantei para esquentar a comida e ele foi e me queimou com a colher. Deu um murro na boca, me jogou contra a parede, que foi quando perdi meus sentidos e caí ao chão. Depois ele grudou meu pescoço e tentou me matar enforcada, porque ele sempre tampa minha boca para me impedir de respirar e para não gritar”, conta uma vítima casada há dois anos.
Uma moradora de Itapetininga, que preferiu não ter a identidade revelada, conta que faz parte da estatísticas de mulheres vítimas de agressão e ofensas. “Eu levantei para esquentar a comida e ele foi e me queimou com a colher. Deu um murro na boca, me jogou contra a parede, que foi quando perdi meus sentidos e caí ao chão. Depois ele grudou meu pescoço e tentou me matar enforcada, porque ele sempre tampa minha boca para me impedir de respirar e para não gritar”, conta uma vítima casada há dois anos.
Outra vítima também relatou o que já sofreu. “Dessa última vez, eu estava conversando com o irmão do meu cunhado e só por encostar a mão no meu braço, ele [marido] veio para cima de mim falando que eu estava tendo um caso com o rapaz”, relata outra mulher sem se identificar.
Serviço
Para denunciar os casos, o número da Central de Atendimento à Mulher é 180. O serviço é gratuito e informação é confidencial.
Serviço
Para denunciar os casos, o número da Central de Atendimento à Mulher é 180. O serviço é gratuito e informação é confidencial.
Fonte: G1