Número de queimadas aumentou 64% no Estado de São Paulo.
Especialista orienta se hidratar e umidificar ambientes.
O número de queimadas em 2016 aumentou 64% em relação a 2015 no Estado de São Paulo, apontam dados do Corpo de Bombeiros. Diante do aumento, o médico pneumologista Marcelo Nunes Cardoso, de Itapetininga (SP), dá algumas orientações para reduzir os danos à saúde para quem está próximo da fumaça. “Tem que tomar bastante líquido, hidratar a mucosa do nariz com soro e umidificar o ambiente com bacias de água, uma toalha molhada na cabeceira ou usar, quem tiver, umidificadores de ar”, conta.
Segundo o médico, a fuligem agride o sistema respiratório. "Aquela fuligem que a gente acha no quintal, tudo isso está no ar. A gente respira tudo isso, o que agride nosso sistema respiratório e piora as doenças alérgicas, como rinite, as doenças respiratórias pulmonares, como asma, e facilita as infecções”, explica ainda o médico.
Segundo os bombeiros, de janeiro a junho deste ano foram registrados 12,6 mil incêndios em vegetação no Estado. Em 2015, no mesmo período foram 7,6 mil, aponta a corporação. Os números são preocupantes, afirma o engenheiro florestal Eloi Aloísio Beckenkamp. “O processo de queima de material lenhoso ou vegetativo gera a liberação de gases tóxicos, entre os quais o dióxido de carbono, que é o mais perigoso.”
Mas além de fazer mal às pessoas, as queimadas são destrutivas à natureza. “Em função da alta temperatura do fogo a microfauna e a microflora são totalmente prejudicadas, inclusive o próprio solo até certa profundidade. Todos os elementos e vitais para o solo ficam danificados”, ressalta o engenheiro.
Em Itapetininga, o corretor de imóveis Jabson Santos flagrou uma queimada que afetou três quarteirões no bairro Bosque dos Pinheiros em julho deste ano. Para ele, o ato é prejudicial. “Dá para entender que é a ação do homem, na intenção de querer limpar de maneira mais prática, rápida e economizando. Mas faz muito mal para a gente, principalmente para as crianças”, completa.
Fonte: G1