'Lixão' foi desativado pela prefeitura de Itapetininga e nova área é particular.
Em nota, prefeitura afirma que situação depende de acordo com a empresa.
Os catadores de lixo de Itapetininga (SP) reclamam o fato de não poderem mais recolher os materiais no antigo aterro que está sendo desativado pela prefeitura e nem na nova área de transbordo, que é particular. Por conta disso, o grupo realizou novamente uma manifestação na manhã desta terça-feira (5) no novo local de descarte e pediu que o Executivo entre em acordo o quanto antes.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente diz que o aterro será desativado conforme as normas e leis ambientais. O transbordo do lixo continua da mesma forma, somente com a alteração de local, pois agora a empresa tem uma plataforma autorizada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), aponta a prefeitura. A situação dos catadores dependerá de acordo entre empresa detentora do contrato de transbordo e catadores, pois não aceitaram a proposta feita pela prefeitura, conclui o Executivo.
De acordo com o grupo, pelo menos 30 pessoas trabalhavam no lixão e recolhiam materiais. Agora, eles estão preocupados com o sustento das famílias. “Mesmo fechado, vim recolher os materiais recicláveis que sobraram. Vou vender o pouco que tenho separado. Mas não tem mais o que pegar. Já era”, afirma o catador Marcos José Rocha.
Segundo a prefeitura, a partir de agora, todo lixo de Itapetininga vai ser levado para um novo espaço construído bem próximo ao lixão que está sendo desativado. A plataforma de transbordo foi liberada para funcionar pela Cetesb e o lixo já está sendo descartado direto em containers. Da plataforma, os materiais seguem para aterros particulares em duas cidades da região.
Para o catador Isac Domingues Coelho, todos vão sofrer prejuízo se não puderem recolher os materiais. “Tenho um material para vender, mas não vou receber o que ganhava. Eu conseguia tirar uns R$ 2 mil. Agora, se for atrás de um trabalho registrado, vou ganhar R$700. A prefeitura prometeu de dar emprego pra gente. Mudaram o lixo para uma área e vamos ficar sem fazer nada. Falaram que iam nos contratar, mas nada até agora”, alega.
Segundo o catador Tiago Domingues da Silva, o lixo jogado na nova área é dinheiro perdido. “Era nosso sustento. Estamos desempregados. Vamos ver se a prefeitura faz um acordo com a gente”, ressalta.
Fonte: G1