Eles trazem lazer para 180 crianças e adolescentes de famílias carentes.
Prefeitura de Itapetininga diz que ainda há ações no antigo projeto social.
Dez voluntários mantém um projeto social que tenta suprir o fim das oficinas e atividades culturais para crianças e adolescentes na Casa do Adolescente em Itapetininga (SP), local que era mantido com verbas da prefeitura até o primeiro semestre de 2015. Todo fim de semana esses dez voluntários atendem 180 crianças e jovens oferecendo esporte, lazer e recreação para mantê-los longe da rua.
A prefeitura explica que na Casa do Adolescente ainda são oferecidos à população atendimentos com ginecologista, fonoaudiólogo, psicólogo e de nutrição à gestante e ao recém nascido. A Secretaria de Promoção Social afirmou que também dá aos jovens de 12 a 17 anos um serviço de convivência e fortalecimento de vínculos para adolescentes em parceria com o Governo Federal.
Mas a adolescente Iasmim Maria da Silva Carneiro garante que as ações da Casa do Adolescente fazem falta. Antigamente ela participava de aulas de balé no período após a escola. Hoje, trocou o colan de licra pela blusa de moleton e ficou sem ter o que fazer depois que sai da escola. “Era um sonho que eu tinha que foi destruído. O sonho de ser bailarina”, lamenta.
Por jovens como a Iasmim, a Associação Nossa Senhora Rainha da Paz (Anspaz) começou em setembro do ano passado a realizar o programa Jovem Anspaz. “A ideia é propor para as crianças alguns espaços com brinquedos, jogos de mesa e a criança pode escolher aquilo que ela quer brincar. Ao mesmo tempo a gente tem uma conversa de família que seria uma catequese. Mas não trabalhamos somente a questão da igreja, também a ideia de valores”, explica o padre Milton de Oliveira, coordenador do projeto.
Apesar de não ser realizado com tanta frequência como a Casa do Adolescente, já que o Jovem Anspaz funciona só nos fins de semana enquanto a Casa do Adolescente abria durante a semana, o novo programa se tornou uma boa alternativa, conta a estudante Natália da Silva, de 14 anos.
“Tem bastante coisa para a gente fazer tipo jogos. As meninas têm curso de maquiagem, de pele, essas coisas que a gente aprende. O artesanato que a gente faz também aqui para ajudar, tem algumas coisas que a gente faz para vender na missa. O que a gente aprende aqui a gente leva para casa a ponto ensinar fora e até fazer um dinheiro com maquiagem”, conta.
Fonte: G1