- 'Itapetininga recebeu mais de 6,5 mil pessoas entre 2014 e 2015', diz Silva.
'Não há solução de continuidade de atendimento médico', diz conselheira.
O secretário de Sáude de Itapetininga (SP), Denilson Rodrigues da Silva, culpou a crise econômica mundial para explicar os problemas de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade. Segundo ele, essa situação é complexa em âmbito nacional em relação à assistência médica. "Há demonstrativos pelo Ministério da Saúde que já mostram que nos anos 2014 e 2015, no município, mais de 6,5 mil pessoas vieram para o SUS devido à crise atual. Por isso, um novo planejamento é necessário para comportar todos estes atendimentos", afirmou.
Ele afirmou ainda em entrevista à TV TEMnesta quinta-feira (1º) que será realizado um novo concurso público, entre dezembro deste ano e janeiro de 2016, para médicos efetivos prevendo, no mínimo, mais 53 cargos para atendender a população de Itapetininga.
Uma audiência pública realizada na quarta-feira (30) na Câmara debateu os problemas da saúde pública em Itapetininga e durou cinco horas. Um dos assuntos foi a falta de médicos que afetou a cidade neste ano no primeiro semestre. “De tempos em tempos é feito contrato de emergência, mas não há a solução de continuidade de atendimento à saúde da população, o que acarreta uma insatisfação enorme”, diz Daise Toledo Carrijo, integrante do Conselho Municipal de Saúde.
Silva admitiu ainda que faltam profissionais suficientes em algumas especialidades, entre elas, urologia e até psiquiatria. O motivo, segundo ele, seria a falta de interesse dos especialistas.
Durante a audiência na Câmara, Silva afirmou que um novo processo seletivo será aberto para contratação de 12 médicos para atender a demanda. "Eles vão ocupar vagas remanescentes do processo seletivo do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) feito junto ao Ministério Público (MP). Isso vai ocorrer ainda neste mês", afirmou.
O secretário também ouviu a reclamação de possíveis falhas na área da saúde, como o mau atendimento. Ele prometeu procurar saber qual medida deve ser tomada para resolver a situação. "Nós temos hoje na cidade 60 profissionais efetivos trabalhando, além de mais 21 que vierem do processo seletivo atuando", afirmou o secretário.
Faltas nos AMEs
Outro assunto debatido durante o evento foi a quantia de falta em Ambulatórios de Especialidades Médicas (AMEs) em Itapetininga, Sorocaba (SP) e na Santa Casa de Itu (SP). Segundo Daise Carrijo, o número de ausências a consultas e exames chega a 20%, o que prejudica os serviços. “Tem demoras de um ano, dois anos. às vezes de um mês, seis meses. E muitas vezes essa demora faz o paciente desistir e até esquecer o dia”, conta.
Outro assunto debatido durante o evento foi a quantia de falta em Ambulatórios de Especialidades Médicas (AMEs) em Itapetininga, Sorocaba (SP) e na Santa Casa de Itu (SP). Segundo Daise Carrijo, o número de ausências a consultas e exames chega a 20%, o que prejudica os serviços. “Tem demoras de um ano, dois anos. às vezes de um mês, seis meses. E muitas vezes essa demora faz o paciente desistir e até esquecer o dia”, conta.
fonte: g1.globo.com