Absolvido na Justiça por homicídio da companheira é preso após ameaçar vizinho em Tatuí

 Anísio Moreira Satel foi investigado por agressões e morte de Adelaide Satel, em junho de 2020. Ele foi absolvido por falta de provas após júri popular.


O homem que passou por júri popular há pouco mais de dois meses e foi absolvido pelo homicídio da companheira foi preso após ameaçar um vizinho em Tatuí (SP).

Anísio Moreira Satel, de 59 anos, foi investigado e julgado por matar Adelaide Selma Paulino Rende Satel, de 72 anos, no ano passado, também na cidade. A decisão pela absolvição foi tomada por falta de provas. O réu passou por um júri popular no dia 21 de setembro.

A ameaça a vizinho e prisão ocorreu na quinta-feira (25), depois que a Polícia Militar flagrou Anísio em frente à casa da vítima, na Rua Juvenal de Campos. O suspeito foi visto ameaçando o vizinho com um pedaço de madeira e uma faca.

De acordo com Polícia Militar, mesmo com a aproximação dos policiais, o absolvido arremessou uma pedra em uma das portas da residência da vítima e tentou fugir, mas foi alcançado pelos policiais. Ainda segundo a PM, ele tentou esconder um pedaço de madeira para continuar intimidando o vizinho.

Diante da situação, Anísio foi preso e levado à delegacia, onde foi registrado um boletim de ocorrência por ameaça, dano e coação. A Polícia Civil informou que ele passou pela audiência de custódia e foi liberado.

Absolvição

Anísio respondia pelo crime de homicídio qualificado, pois foi apontado pela promotoria como autor das agressões e morte de sua companheira, Adelaide Selma Paulino Rende Satel. Durante o júri, nove testemunhas foram ouvidas, o réu foi interrogado e depois houve um debate.

Segundo a sentença, o Ministério Público sustentou a tese acusatória, pedindo a condenação do réu por homicídio qualificado por motivo fútil e por razões da condição do sexo feminino da ofendida, além da causa de aumento porque a vítima era maior de 60 anos.

Já a defesa pediu a absolvição do réu por negativa de autoria e, por maioria dos votos, os jurados absolveram o acusado "por não existir prova suficiente para a condenação", conforme o TJ. A partir disso, foi expedido um alvará de soltura para Anísio.

Inicialmente, o júri de Anísio estava marcado para o dia 17 de agosto, mas ele não foi encontrado para a sessão plenária porque trocou de casa sem comunicar a Justiça e acabou não recebendo a intimação, de acordo com o TJ.

Por causa disso, equipes da Polícia Militar realizaram diligências pela cidade para tentar localizar Anísio e o encontraram em um condomínio localizado no bairro São Martins. Na época, Anísio foi preso preventivamente e o júri foi remarcado.



Fonte: G1

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