Pacientes de Itapetininga enfrentam demora no agendamento para cirurgias eletivas

Moradores reclamam da dificuldade para conseguirem agendar cirurgias em hospitais do município e região. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 600 mil pessoas esperam por cirurgias no país.

Os moradores de Itapetininga (SP) estão reclamando da demora para conseguir agendar cirurgias eletivas nos hospitais do município. Em julho deste ano, o Ministério da Saúde divulgou que mais de 600 mil pessoas esperam por algum procedimento eletivo no país.

O motorista Márcio da Silva Tobias afirma que foi vítima de um acidente que causou fraturas na perna. Com isso, ficou quatro meses internado no hospital Léo Orsi e, desde então, não consegue mais trabalhar.

Ele relata que no começo era fratura exposta, mas foi informado que precisa de uma cirurgia para colocar um aparelho na perna que irá alinhar os ossos novamente. Contudo, está há oito meses esperando pela cirurgia, que é classificada como eletiva e de alta complexidade.

“Informaram que o hospital da cidade não tem a capacidade de fazer a cirurgia, pois é de alta complexidade, e me disseram para ir a Sorocaba ou São Paulo. A gente paga imposto para ter melhorias na saúde, mas isso deixa a desejar porque não está me ajudando em nada no momento”, diz.
Porém, a demora não se resume apenas aos casos cirúrgicos. Nicolas da Cunha Villalba de Almeida conta que quebrou o braço e esperou mais de cinco horas para ser atendido no pronto-socorro de Itapetininga.
Ainda segundo Nicolas, quando ele conseguiu ser atendido, o médico teria apenas pediu um Raio X, colocado uma tala e liberado o rapaz, dizendo que só iria engessar após 15 dias.

“Eu estava sentindo muita dor. Quando eu estava dormindo tinha que colocar um travesseiro para apoiar o braço, pois acordava umas quatro ou cinco vezes pela dor”, conta.

A avó dele, Dórcas Villalba de Almeida, conta que vendo a situação do neto procurou um atendimento particular, e o médico explicou que o braço precisava ser engessado o mais rápido possível para não ficar com sequelas.

“Atualmente, indo ao pronto-socorro é muito demorado. Está precária a saúde, com criança ou qualquer um que passe por isso, está muito precário. Podia ficar com alguém sequela, com o braço torto, mas a gente não pagou pra ver. Eu preferi correr atrás e não quis esperar”, afirma.

Pacientes demoram para ser atendidos em hospitais de Itapetininga (Foto: Reprodução/TV TEM)

Fonte: G1

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