Reclamações sobre ônibus motivam audiência pública em Itapetininga

Encontro na Câmara abordou problemas envolvendo o transporte coletivo.
Moradores dizem que número de viagens diminuiu e que há veículos velhos.


As reclamações dos moradores  Itapetininga (SP) sobre problemas envolvendo os ônibus coletivos da cidade motivaram que uma audiência pública fosse marcada para a noite desta quinta-feira (2) na Câmara. Durante a audiência, os moradores poderão reclamar e dar sugestões ao Legislativo. Entre os temas que serão debatidos estão os atrasos dos ônibus, a diminuição de viagens e a suposta utilização de veículos antigos. A reportagem  entrou em contato com a empresa Viação Rosa, mas não obteve retorno.
Fomos  ao Terminal Rodoviário da cidade, no Centro, para ouvir as principais reclamações dos usuários. Há pessoas que alegam que ficam esperando horas por um ônibus chegar e tem aqueles que garantem que já perderam compromissos por causa de atraso.
É o caso da estudante Natália Roberta Rodrigues, que não conseguiu entrar na escola nesta quinta-feira por causa do atraso de ônibus. “O ônibus atrasou e a gente acabou perdendo o ônibus do colégio. Hoje vou voltar para casa”, afirma.
A serviços gerais Claudia Renata de Almeida reclama da diminuição de viagens, principalmente no fim de semana. “Tem que esperar, esperar muito, esperar muito, muito. Já cheguei a esperar duas horas pelo ônibus”, diz. A cozinheira Helena Bisof reclama também sobre as demoras. “Fico das 20h às 8h no hospital, quando saio só tem ônibus depois das 9h. Fico uma hora esperando aqui. É mais fácil andar a pé.”
Em Itapetininga são 40 entre as 14 linhas que atendem a área rural e urbana. Muitos, como a operadora de telemarketing Talita Luciani, questionam o preço de R$ 3 pela tarifa. “Acho esse valor alto pela qualidade do atendimento prestado. Eles não vêm no horário, eles demoram, eles estão usando ônibus antigos e a gente não sabe por qual motivo”, reclama.
Já o pedreiro Ailton Agibert lembra da falta de iluminação no Terminal Rodoviário. “Aqui está faltando iluminação, não tem iluminação nenhuma aqui. Tem mulher, criança à noite, e tudo no escuro aqui”, opina.
Em dezembro de 2016, motoristas da Rosa Turismo ficaram sem receber salários e fizeram greves. E em janeiro deste ano a empresa fez alterações de linhas e horários alegando falta de demanda. Para a funcionária pública Vanilce Maria Ferreira, a audiência pública sobre o tema é o primeiro passo para o fim dos problemas. “Está faltando um estudo da Secretaria de Transportes para poder melhorar e para adequar o transporte à necessidade da cidade”, conclui.
Moradores de Itapetininga reclamam de atrasos, demora e preço (Foto: Reprodução/ TV TEM)
Fonte: G1

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