Ela foi vista na tarde desta sexta-feira (14) em Itapetininga (SP).
Suzane deixou unidade em Tremembé para saidinha do Dia das Crianças.
Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão por matar os pais, foi vista nesta sexta-feira (14) fazendo compras em um shopping, em Itapetininga (SP). Suzane deixou a Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 feminina de Tremembé (SP), nesta terça-feira (11) para a saída temporária de Dia das Crianças.
De acordo com clientes, Suzane estava acompanhada do noivo, que é morador de Angatuba (SP), e andou pelos corredores de uma loja de departamento e ficou minutos na área de brinquedos infantis. Ela também fez compras em uma loja de roupas no mesmo shopping e foi até um supermercado que fica ao lado. Esta é a quarta vez que Suzane deixa a prisão este ano.
O G1 entrou em contato com a Defensoria Pública e, em nota, o órgão informou que, como o processo está sob sigilo judicial, a Defensoria só está autorizada a se manifestar em juízo. O G1 também entrou em contato com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) para saber se ela pode deixar a residência durante a saída do Dia das Crianças, mas o órgão informou que o processo de Suzane Von Richthofen está em segredo de justiça e não pode se posicionar sobre ela.
De acordo com o conselheiro da OAB-SP e doutor em direito penal Leandro Sarcedo, não é infração o fato de Suzane estar fazendo compras em uma cidade vizinha da qual ela informou que estaria durante a saída temporária. "Se ela informou que ficaria em Angatuba e foi durante o dia fazer compras em Itapetininga, que fica ao lado de Angatuba, não tem problema algum já que está na localização. O que ela deve fazer é dormir no endereço que informou. A problemática seria se ela saísse de Angatuba e fosse para Porto Velho, por exemplo. Mas como Angatuba é uma cidade pequena e ela foi na vizinha para fazer compras por ser maior, não é uma infração", afirmou em entrevista.
O advogado criminal de Itapetininga Carlos Zamforlim, também afirma que, dependendo do processo, ela pode sair para passear durante o dia, sair do município que informou que estaria e deve retornar a noite para a casa. "Dependendo do processo ela é autorizada até a sair do município que informou e deve retornar só a noite. Mas se não foi autorizado, ela deve ficar apenas na cidade que informou que estaria", afirmou.
Em maio, na saída de Dia das Mães, o Ministério Público chegou a pedir que a presa perdesse o direito às saídas por período de seis meses, depois de entregar um endereço falso. A Justiça, no entanto, absolveu Suzane e manteve o benefício.
Suzane havia informado um endereço em Angatuba (SP), mas não foi localizada no imóvel. Como o endereço do rol de visitas da parente desta colega estava desatualizado no cadastro da SAP, houve divergência entre o endereço que constava no documento da saída temporária e a casa onde Suzane foi encontrada. Os dois imóveis eram próximos.
A divergência de informações foi flagrada pelo Fantástico. Suzane saiu da cidade detida e ficou em uma cela isolada como punição pela falsa informação. No entanto, no dia 8 de julho a presa foi absolvida pela Justiça que entendeu que ela não agiu de má fé.
Para a juíza, compete à administração penitenciária providenciar a atualização e exigir a comprovação dos endereços dos visitantes, com base em uma resolução da pasta. Com isso, Suzane teve o direito às saídas mantido.
Sigilo
A Justiça decretou sigilo ao processo de execução de pena de Suzane von Richthofen. A decisão atende um pedido foi feito pela detenta, por meio da Defensoria Pública.
A Justiça decretou sigilo ao processo de execução de pena de Suzane von Richthofen. A decisão atende um pedido foi feito pela detenta, por meio da Defensoria Pública.
Fonte: G1