Artista plástica decidiu ensinar costura para crianças no interior de SP.
'Você aprende coisas novas e se diverte', diz Sofia Labrunice, de 9 anos.
Com o objetivo de ensinar crianças a costurarem bolsas, tapetes e almofadas, além de levar a atividade praticada pelas avós para a geração "do celular", a artista plástica de Boituva (SP) Mônica de Oliveira Roma decidiu abrir um ateliê para ensinar o público infantil a costurar. As atividades têm atraído meninas a partir de seis anos, que estão sendo incentivadas pelas mães e avós. Para Mônica, o sucesso tem sido surpreendente.
“Eu fui criada com a avó. Então essas coisas sempre fizeram parte da minha vida, inclusive profissional. Quando eu abri a aula de costura para as crianças eu não esperava que fosse ser esse sucesso que é hoje. Elas não têm medo da máquina de costura, de espetar o dedo porque são coisas que acontecem. Mas, ao mesmo tempo, elas já têm maturidade neurológica para sentar numa máquina e tomar todos os cuidados necessários para não cortar o dedo”, explica.
Sofia Labrunice Mello, de nove anos, diz que, além de aprender coisas novas, as idas para o curso de costura lhe proporcionam diversão. “Quando estou triste e venho para cá fico alegre. Paro de pensar nas coisas e faço tudo com emoção e amor. Isso porque aqui você aprende coisas novas, faz novas amizades e se diverte”, afirma.
Motivada pela avó, Yasmin Ferreira Ferrielo Rosa, de 10 anos, começou a aprender há quase três anos a costurar. Embora tenha machucado o dedo durante algumas confecções, ela conta que não pretende parar de costurar. “Já machuquei a mão uma vez quando estava costurando e espetei meu dedo. Mas não doeu tanto. A gente pensa que vai doer muito quando espetar o dedo, mas não dói tanto. Aqui, aprendi a costurar boneca, bolsa, estojo, almofada e várias coisas”, fala.
Por influência de uma colega de escola, a aluna Giulia Brita Cristina Silva, de 11 anos, entrou para o curso de costura. Para ela, além do aprendizado na confecção de produtos, o ensino tem ajudado em outros aspectos. “Eu percebi que ajudou na coordenação e também na timidez. Agora me solto mais”, revela.
Avó da aluna Bianca Moretti Côrrea, a aposentada Ângela Moretti não esconde a empolgação por ver a neta aprender a costurar e manter uma tradição. “Eu acho uma beleza. Assim distrai as crianças, que não ficam somente no celular”, pondera.
A aposentada Sueli Brita da Silva relata com orgulho o fato da neta, assim como a bisavó, ter aprendido a costurar. “É muito gratificante, porque é quase como uma continuidade da família. Minha mãe costurava, eu um pouquinho e agora minha neta. E ela faz cada trabalho tão bonitinho. É muito gostoso de ver”, finaliza.
Fonte: G1