Prefeitura alugou uma casa enquanto escola será reformada.
Obras vão começar em 15 dias e terminar em 3 meses, diz Executivo.
Há quatro meses mais de 100 estudantes da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental (Emeif) José Pires de Campos, do bairro Rio Acima, zona rural de Itapetininga (SP), estão tendo aulas em uma casa improvisada para que a unidade em que estavam seja reformada. Contudo, os pais reclamam das condições desse improviso e afirmam que a reforma, que deveria ter sido iniciada em julho deste ano e estava prevista para acabar em poucos meses, ainda não começou.
Em entrevista , a secretária de Educação do município, Elaine Sales, explicou sobre a reforma. “O processo licitatório já foi colocado em andamento. A previsão é de que a assinatura do aditivo seja feita essa ainda nesta semana e, assim, a ordem de serviço será emitida para a empresa, que é obrigada a entrar na obra em um prazo de 15 dias. Ou seja, eles têm que começar até o fim deste mês. E a previsão para a conclusão da obra é de três a quatro meses”, esclareceu.
Para Miriam Pinheiro da Conceição, mãe de uma aluna da escola, a saída encontrada provisoriamente não foi boa. “Uma solução não resolveu a outra, porque aí mudaram para essa escola, que também está em situação crítica. É sala apertada, um só banheiro para crianças e funcionários”, reclamou.
Pai de um dos alunos, Elias Maria Pereira contou que a estrutura da escola está em péssimas condições há anos. “Está tudo solto por parte do reboque e forro. Parte irregular nos corredores por onde as crianças transitam. A área de brincar também está com problemas”, afirmou.
Insatisfeitos, os responsáveis chegaram até a fazer um abaixo-assinado para tentar acelerar o início dos serviços. No entanto, nada mudou. “Quando teve reunião a diretora falou que seria para melhoria. A gente até entende, só que desde julho as crianças estão aqui e não vemos mudança nenhuma. É bem complicado. Faz um bom tempo que só promessas são feitas e nada é feito. E as crianças têm que sair daqui”, completou a mãe de aluna, Josiane Aparecida Tavares.
Ainda de acordo com a secretária Elaine, o Executivo compreende a reclamação e se esforça para resolver o atraso no início dos trabalhos. A secretária também ressaltou que o alvará de funcionamento da unidade já foi assinado e encaminhado ao Corpo de Bombeiros.
“De fato nenhuma casa vai ser adequada para o ensino fundamental tanto quanto uma escola. Nós temos pedido a compreensão de pais, alunos e direção. A escolha [do espaço provisório] foi feita em conjunto após chegarmos à conclusão de que o espaço seria mais ou menos adequado, considerando que a obra ficaria pronta em três ou quatro meses. Não tivemos outra opção. Ou deixávamos as crianças lá ou traríamos para cá”, alegou.
Fonte: G1