Greve dos bancários afeta o comércio em Itapetininga

Comerciantes alegam que, sem dinheiro, clientes não conseguem pagar.
'Movimento caiu mais de 50%', destaca proprietário de estacionamento.


greve dos bancários está afetando as vendas do comércio da área central de Itapetininga (SP), afirmam os comerciantes. Segundo eles, além de diminuir o movimento, os clientes não conseguem pagar as contas por não poder efetuar saque nas agências do município.
Aureni Dias é gerente de uma loja de calçados e afirma que no estabelecimento a queda no movimento foi de aproximadamente 15%. “A cidade para. Muita gente não consegue vir à loja pagar porque está faltando dinheiro. A não ser que eles comprem pelo cartão de crédito ou crediário. Mas os moradores não conseguem porque a greve dos bancos está afetando todo mundo”, afirma.
A gerente de outra loja da cidade, Susana Dias Batista, afirma que o problema não é só o da queda no número de clientes. Sem dinheiro, os pagamentos também ficam comprometidos. “Eles justificam que, por causa da greve, não conseguem efetuar o pagamento. Alguns não conseguem retirar o dinheiro e outros nem receberam ainda. O período do quinto dia útil até o dia 10 é o intervalo em que os fregueses fazem os pagamentos. Porém, este mês isso não aconteceu”, diz.
Proprietário de um estacionamento, o empresário Paulo Nogueira conta que em poucos dias percebeu uma redução brusca no número de frequentadores. “O movimento caiu mais de 50%. Tenho uma média de 250 carros que passam por aqui diariamente, mas agora caiu bastante”, ressalta.
O motorista Nilton José Santos comenta que está difícil pagar as contas. “Estava precisando fazer um saque do fundo de garantia, mas não saiu porque os bancos estão em greve. Estou precisando pagar dívidas, mas não consigo”, revela.
Preocupada por não conseguir tirar o dinheiro, a aposentada Ana Sebastiana de Jesus teme pagar juros devido ao atraso para quitar as dívidas. “Preocupa a gente que tem conta para pagar. Se elas vencem, depois pagamos juros”, finaliza.
Greve
Os bancários estão em greve desde o dia 6 de setembro. Os sindicatos reivindicam o reajuste salarial de 14,78%, aumento no PLR, nos vales refeição, alimentação, auxílio-creche/babá, piso salarial maior, 14º salário, “fim das metas abusivas e assédio moral”, fim das demissões – e ampliação das contratações –, melhores condições de trabalho nas agências digitais, mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.
Moradores não conseguem sacar dinheiro para pagar contas (Foto: Reprodução/TV TEM)
Fonte: G1

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