A prisão faz parte de uma operação de combate a sonegação fiscal, fraude estrutural, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e organização criminosa.
Uma mulher de 42 anos foi presa em Pilar do Sul (SP) durante a Operação Noteiras, que foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (12) no estado de São Paulo e Alagoas. A ação investiga sonegação fiscal, fraude estrutural, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e organização criminosa.
De acordo com a Secretaria da Fazenda de São Paulo, a suspeita pode responder pelos crimes de participação em fraude fiscal estruturada, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e documental.
O secretário municipal de Recursos Humanos de Sorocaba, Rodrigo Onofre, e um casal suspeito de sonegar R$ 1 bilhão do Fisco paulista também foram presos.
Vídeos enviados para a reportagens mostram as jóias encontradas na casa de um dos presos. Além das joias, foram apreendidos 10 carros de luxo, sendo 8 em Sorocaba, um em Votorantim (SP) e um em São Paulo (SP).
Agentes do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), Ministério Público, Secretaria da Fazenda e Procuradoria Geral do Estado cumpriram 37 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão.
Entre os alvos da "Operação Noteiras" estão empresários, advogados e contadores de empresas e pessoas físicas, em 23 endereços nos municípios de Guarulhos, Sorocaba, Votorantim, Indaiatuba e Pilar do Sul (SP), além de dez mandados em Alagoas.
O casal preso em Sorocaba é apontado como um dos principais alvos da operação. Eles são responsáveis por um complexo de sete empresas às margens da rodovia Raposo Tavares.
Entenda o caso
Segundo Eduardo Mendonça, agente fiscal da Secretaria da Fazenda do estado, o grupo criava empresas fantasmas em outros estados, neste caso, em Alagoas, e emitiam nota de produtos plásticos, setor de atuação dos investigados.
Porém, conforme explica Mendonça, os produtos não existiam e as empresas eram de fachada. Com isso, os suspeitos usavam os créditos do ICMS para abater o saldo devedor do imposto no Estado de São Paulo.
As fraudes ocorreram por meio da emissão de cerca de 20 mil notas fiscais fraudulentas, no valor aproximado de R$ 4 bilhões, segundo os investigadores. O prejuízo para o estado de São Paulo é estimado em R$ 200 milhões.
Operação Noteiras