Desempregada, bióloga muda de ramo e oferece serviços domésticos

Mariana Botelho e o marido foram demitidos juntos em Itapetininga (SP).
Número de empreendedores por necessidade subiu no país, diz órgão.


Ao receberem a notícia que estavam demitidos, a bióloga Mariana Botelho e o marido, moradores de Itapetininga (SP), decidiram montar uma empresa usando um dinheiro guardado. Contudo, o  ramo de atuação mudou completamente em comparação com o antigo trabalho de Mariana, pois o casal decidiu abrir uma franquia de serviços domésticos devida à falta de empresas do tipo no município.
“Itapetininga é uma cidade carente em algumas coisas. Então, a gente viu que aqui não tinha nenhuma empresa disso. Trouxemos para cá na esperança de crescimento da cidade”, comenta Mariana.
Apesar da empresa do casal ser nova, a funcionária pública Mônica Zeferino Novaes já contratou os serviços. Ela recebe toda semana uma empregada doméstica, sem se preocupar em encontrar a profissional ou acertar os detalhes legais. É a terceirização do serviço doméstico. “Eu não tenho que esquentar a cabeça com nenhum tipo de contratação de diarista nem nada. Eu ligo para a empresa e eles me mandam uma pessoa treinada e que faz o serviço bem feito”, ressalta Mônica.
Mas a abertura de empresas por necessidade geram grandes riscos de falência, como aponta ainda a pesquisa da IBQP. Conforme o órgão, o número de pedidos de falência aumentou quase 28% nos primeiros meses deste ano. E o motivo pode ser a falta de planejamento, alerta o gerente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Alexandre Antunes.
“O empreendedorismo por necessidade é uma das saídas. São aquelas pessoas que têm a necessidade de ganhar dinheiro e veem na abertura de uma empresa um caminho viável. Porém, a falta de planejamento e, principalmente, a gestão do negócio que está abrindo são os principais motivos dessas empresas fecharem”, orienta.
Mariana montou empresa que fornece empregada doméstica a clientes (Foto: Reprodução/ TV TEM)
Fonte: G1

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