'Surpreendente essa notícia', diz primo sobre suspeitas de matarem professor

Enteada e esposa foram apontadas como responsáveis pela polícia.
Corpo de Milton Sonoda, de Itapetininga, foi encontrado carbonizado.


O primo do professor Milton Taidi Sonoda, que foi encontrado carbonizado dentro de um veículo em São Carlos (SP) no dia 18 de maio, recebeu com surpresa a informação de que parentes tão próximas seriam suspeitas da morte do docente da UFTM, conforme as investigações do delegado. 
"Nunca pensei que a esposa e a enteada seriam as responsáveis pela morte do meu primo. Surpreendente essa notícia, que crime bárbaro", diz Carlos Eduardo Sonoda. Milton era natural de Itapetininga e foi sepultado no município no dia 20 de maio.
Segundo o primo, a família está assustada e abalada com o crime. "Está todo mundo assutado com o que aconteceu. Ninguém ia pensar que a mulher dele, junto com a filha, poderia cometer um crime desse. Cresci junto com o Milton e ele sempre foi uma pessoa muito doce e ria sempre. A princípio não sabíamos de nenhum problema em seu relacionamento. Lamentável o que aconteceu", conta.
De acordo com o tio de Milton, Yoshio Sonoda, o sobrinho sempre foi uma pessoa tranquila e muito estudioso. Ele fez mestrado na Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos (SP), e era professor de física da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba.
"Sempre foi muito tranquilo e era um cientista, pois estudou a vida toda. Enquanto morava em Itapetininga, durante a infância, jogou beisebol e era um exemplo de aluno. Deixou um filho pequeno. Uma judiação", contou em entrevista.
Segundo a polícia, o filho de Milton de 5 anos está na casa da avó em Itapetininga (SP). O Conselho Tutelar informou para a reportagem  que ela poderá pedir a guarda provisória ou definitiva da criança para a Vara da Infância e Juventude.
Prisão
A mulher e a enteada de Milton foram detidas pela Polícia Civil na terça-feira (31) por suspeita de terem planejado e matado a vítima por motivo financeiro.
Em depoimento, a viúva, uma advogada de 36 anos, negou o crime e disse que ajudou apenas a ocultar o cadáver. A filha dela, de 17, assumiu que matou o padrasto com três facadas em casa, enquanto o irmão de 5 anos assistia à TV no quarto. Ambas não demonstraram arrependimento em nenhum momento, segundo do delegado Gilberto de Aquino, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
Corpo de professor foi encontrado carbonizado dentro de carro em São Carlos (Foto: Polícia Civil/ Divulgação)
Fonte: g1

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