Nas redes sociais, vítima de Laranjal Paulista (SP) postava várias fotos do carro e era conhecido pelos amigos como "Guh Golf". Apesar da paixão pelo veículo, mãe contou que o jovem não tinha habilitação.
O jovem de 22 anos que morreu após sofrer um acidente na Rodovia Marechal Rondon (SP-300), entre Jumirim e Laranjal Paulista (SP), era apaixonado pelo modelo do carro que dirigia, segundo a mãe dele contou.
Nas redes sociais, a vítima costumava postar várias fotos e vídeos do carro e era conhecido pelos amigos como "Guh Golf". Gustavo Silva Ramos morreu depois de bater o carro de frente com um caminhão no último dia 12.
"Ele sempre falava que queria ter um Golf e no fim comprou mesmo. Era o xodó dele. No dia do acidente, a turma da vila começou a ligar para o meu esposo e falou que tinha tido uma batida muito forte debaixo da ponte e que o carro era um Golf, aí descemos para ver e era ele mesmo", lembra a mãe de Gustavo.
A manicure Juliana de Fátima Tristão da Silva contou que o filho tinha passado o domingo no shopping em Piracicaba. Ao voltar para Laranjal Paulista, deixou uma amiga em outro bairro e estava voltando para casa quando sofreu o acidente.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, Gustavo dirigia o carro e bateu de frente com um caminhão que seguia no sentido contrário da rodovia. Ele ficou preso às ferragens e foi levado em estado grave para a Santa Casa de Laranjal Paulista, mas não resistiu.
"Uma moradora que viu o acidente contou que o carro deles estava na frente do Gustavo e que ele estava vindo bem acelerado. Aí chegaram na ponte e, no que ele foi ultrapassar o carro da família, deu de cara com o caminhão. O comentário na cidade foi que ele tinha se matado, porque falaram que ele entrou na frente do caminhão, mas agora sabemos que não foi isso", relata Juliana.
Sem habilitação
Ainda de acordo com a mãe, Gustavo não tinha carteira de motorista e estava juntando dinheiro para tirar a habilitação. Apesar disso, o jovem já tinha comprado o carro e costumava dirigi-lo na companhia de alguém habilitado, segundo Juliana.
"Eu sempre falava: 'Gu, tire carta'. Ele falava que ia tirar, mas ele juntava dinheiro e o carro quebrava, sempre acontecia alguma coisa. Esse ano ele ia tirar, mas não deu, infelizmente."
Gustavo Ramos trabalhava em uma fábrica de brinquedos em Laranjal Paulista. Ele deixou a mãe, o pai e três irmãos, de 24, 21 e de 6 anos.
"O irmão mais velho está sentindo bem, ficou muito mal. Todos ficaram, pegou a gente de surpresa. O Gustavo era muito bom, trabalhador, carinhoso, brincalhão, gostava de fazer palhaçada. A turma do serviço dele sente falta também, não tem o que falar. E no cemitério que eu fui ver o quanto ele era querido, tinham mais de 300 pessoas", desabafa Juliana.
Depois do acidente, foi registrado um boletim de ocorrência por homicídio culposo na direção de veículo automotor, e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Laranjal Paulista.
"Está difícil porque ainda é muito recente. A gente está se apoiando um ao outro e estamos levando, devagar vamos conseguir nos levantar. Faz falta, mas temos que entender que não vamos ficar para sempre aqui", completa a mãe.