Infectologista Rodolfo Enrique Postigo Castro, morador de Tatuí (SP), estava no Guarujá com a família, quando foi abordado por dois criminosos armados e baleado.
O médico infectologista Rodolfo Enrique Postigo Castro, que morreu durante um assalto em uma praia do Guarujá, atuava na linha de frente contra o coronavírus em hospitais de Tatuí e de Itapetininga.
Rodolfo estava com a família no Guarujá no sábado (31), quando, por volta das 15h, foi abordado no píer da praia do Perequê por duas pessoas. Os ladrões roubaram objetos e ainda atiraram duas vezes, atingindo o infectologista no peito. O autor dos disparos foi reconhecido por familiares. Menor de idade, ele já havia sido apreendido dias antes do assassinato do médico.
O médico, que tinha 60 anos, foi velado e enterrado na tarde deste domingo (1), em Tatuí.
Para a paciente Rose Vieira Sá, o infectologista foi fundamental para sua recuperação da Covid. Ela ficou 21 dias internada na UTI em abril deste ano.
"Ele salvou minha vida. Salvou muitas vidas. Como ele mesmo falou, meu caso foi um milagre. Fiquei na UTI 21 dias e 15 na enfermaria . Fui intubada duas vezes ", afirmou.
A nora de Rose acompanhou o período de internação. Segundo ela, o médico foi quem deu segurança para a família de que sua sogra poderia melhorar.
"Ele sempre foi muito atencioso. Ele nem precisava dar muita atenção, mas fazia questão. Sempre respondia minhas dúvidas, explicava. Era de fácil acesso. Minha sogra ficou 35 dias internada, sendo 18 intubada. Ele ajudou muito. Vai fazer muita falta na cidade. Pessoa ímpar. Era muito preocupado com todos ao redor'', disse Marielza Cristina da Silva Hoelz.
Em nota, a Unimed Sul Paulista lamentou a morte do médico, que fazia parte do quadro de profissionais da empresa. Leia nota abaixo:
''Rodolfo foi mais uma vítima da violência urbana em novo episódio que ceifa vidas e que não podemos aceitar sem indignação. Os cooperados da Unimed Sul Paulista não se conformam com a perda precoce do médico infectologista, pessoa importantíssima na linha de frente, que angariava cada vez mais respeito e admiração da equipe de trabalho e de seus pacientes. Inconformados e indignados com a banalização da violência urbana."
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