Júri de acusado de matar esposa de 72 anos é remarcado após réu não ser achado na casa para receber intimação

 Anísio Moreira Satel tinha sido beneficiado com a liberdade provisória, mas Justiça revogou a liberdade. Ele é acusado de homicídio qualificado após ser apontado como autor das agressões e morte de mulher em Tatuí (SP); novo júri será em setembro.


O homem acusado de agredir e matar a esposa de 72 anos em Tatuí (SP) iria passar por júri na tarde desta terça-feira (17), mas não foi encontrado para a sessão plenária porque trocou de casa sem comunicar a Justiça e acabou não recebendo a intimação, de acordo com o TJ-SP.

Conforme o Tribunal de Justiça, Anísio Moreira Satel tinha sido beneficiado com a liberdade provisória, com diversas medidas cautelares, como a obrigação de manter atualizado o seu endereço.

No entanto, ao não ser encontrado para a intimação ao júri, a Justiça revogou sua liberdade provisória e restabeleceu sua prisão preventiva.

Um novo mandado de prisão contra ele foi expedido no início da tarde e, de acordo com o TJ, o júri foi redesignado para o dia 24 de setembro.

A Polícia Militar informou que fez patrulhamento pela cidade para tentar localizar Anísio. No entanto, ele não foi localizado e agora é considerado foragido da Justiça, segundo a PM.

Anísio responde por homicídio qualificado, pois foi apontado como autor das agressões e morte de sua companheira, Adelaide Selma Paulino Rende Satel.

Crime e prisão

Adelaide, que tinha 72 anos na época do crime, morreu na manhã do dia 29 de junho de 2020 após ficar cinco dias internada com ferimentos graves depois de sofrer agressões.

O crime aconteceu na casa onde o casal morava, no bairro Jardim Santa Cruz. A polícia e equipes de resgate foram chamadas e fizeram o atendimento à mulher no dia da agressão, ocorrida em 24 de junho.

Anísio chegou a ser ouvido e um boletim de ocorrência por lesão corporal e violência doméstica foi registrado. Com a morte, a polícia acrescentou à investigação o crime de homicídio.

De acordo com o boletim de ocorrência, vizinhos do casal acionaram a polícia após ouvirem gritos por socorro e, durante uma tentativa de ajudar a vítima, foram recebidos com agressões e tiveram um carro e uma moto depredados pelo homem.

Ainda conforme o boletim de ocorrência, o suspeito alegou que a esposa tinha depressão, fazia uso de medicamentos controlados e, após dizer que "ficaria na dele", a mulher teria se atirado pela janela do quarto.

Os vizinhos foram levados ao pronto-socorro da cidade, onde passaram por exames de corpo de delito. Já a idosa, que sofreu fraturas no braço e um traumatismo craniano, precisou ser internada.

Em julho de 2020, o homem foi preso na casa onde morava, mesmo local do crime. A prisão foi acompanhada por diversos manifestantes, que passaram parte da tarde e da noite em frente à residência do homem pedindo a prisão dele.



Fonte: G1

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