Crise econômica afeta a produção de grama na região de Itapetininga

Segundo os produtores, mesmo com os preços mais baixos as vendas diminuíram 40%.


A crise econômica também afetou a produção de grama na região de Itapetininga e fez com que as vendas diminuíssem 40%, afirmam os produtores. De acordo com a Associação dos Gramicultores do Brasil (Agrabras), em 2016 foram produzidos 12 milhões de metros quadrados de grama. Já este ano, a Associação acredita que esse número chegue a 7 milhões.
Segundo o presidente da Associação dos Produtores da região, Emerson Terra Rocha, o motivo da queda foi após grandes obras terem sido paralisadas.
“As obras, como duplicação de rodovias e melhorias em aeroportos, são os que mais consomem grama. Devido à crise econômica, somada com a crise política, as grandes obras no Brasil pararam. Inclusive as que estavam em andamento pararam, porque de alguma forma o dinheiro investido sumiu e acabou impactando muito nosso segmento”, diz Rocha.
Ainda segundo Emerson, a Agrabras representa 80 produtores que cultivam mais de 2 mil hectares de grama na região, que mesmo baixando o preço, não estão conseguindo novas encomendas.
E a incerteza do mercado fez com que muitos empresários repensassem nas estratégias para manter o negócio. Carlos Eduardo Marella, por exemplo, é gerente comercial de uma propriedade em Tatuí (SP) e conta que reduziu a área de produção de 620 para 530 hectares.
“Fomos obrigados a reduzir e fazer um planejamento da nossa estrutura. Nós tivemos que reduzir o número de funcionários, custos com transportes, entre outros. Tudo para que conseguíssemos nos manter no mercado e manter um produto com a mesma qualidade que produzimos ao longo dos anos”, explica Marella.
Mas apesar da queda nas vendas, a expectativa de quem produz é que nos próximos meses a situação volte a melhorar.

“Este ano, por exemplo, não vamos colher os 300 hectares plantados. Colheremos apenas 200 hectares. Mas continuaremos produzindo. Estamos mantendo o número de funcionários, pois vemos uma melhoria até o final do ano”, afirma o gerente de uma propriedade em Itapetininga, Vinícius Rocha.


Fonte: G1

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