Passageiros de transporte público relatam problemas no trajeto Itapetininga-Sarapuí

Moradores que se deslocam entre as duas cidades enfrentam lotação e mudança de horários sem aviso prévio. Prefeitura afirma que vai analisar demanda da população.

moradores que utilizam o transporte público para ir a Sarapuí ou Itapetininga relataram diversos problemas no serviço nesta sexta-feira (12). Entre eles, superlotação e cancelamento de horários de saída dos ônibus sem aviso. A empresa de ônibus responsável pelo trajeto diz que a linha é adequada para que passageiros viagens de pé, que os ônibus não precisam de cinto de segurança para essa viagem e que vai verificar a atualização dos horários (veja abaixo a resposta completa).
Um passageiro registrou em vídeo todo seu percurso de Itapetininga para Sarapuí, mostrando todas as dificuldades que enfrenta na viagem. A primeira delas era a falta de iluminação no ponto no começo da manhã, quando o dia ainda não clareou. Outro inconveniente era a confusão nos horários de saída dos ônibus. Um papel no ponto indicava o que ônibus das 6h não iria sair, porém, no site, aquele horário continuava mantido. Lá, também indicava que o primeiro ônibus do dia sai às 5h15 e o seguinte, somente 7h30. O passageiro então teve que esperar o próximo coletivo, mas num local sem cobertura.
Em nota, a Prefeitura de Itapetininga informa que o ponto do Mercado Municipal faz parte do prédio, que é particilar, por isso a responsabilidade da iluminação no local é deles. Já quanto À cobertura, a responsabilidade seria da da empresa de ônibus juntamente à administração do Mercado. Já quanto à iluminação dos demais pontos de ônibus, o Executivo informa que a Secretaria de Obras e Serviços vai encaminhar uma equipe ao local para analisar a demanda e tomar as medidas necessárias.
Na viagem de volta de Sarapuí para Itapetininga, a situação é parecida. O ônibus sai da rodoviária de Sarapuí às 8h30 e, durante a parada pelos pontos, vai enchendo cada vez mais. Alguns passageiros relatam que vão até à cidade para trabalhar, pagar contas ou realizar exames médicos. É o caso da professora Lívia Leite, que trabalha em Itapetininga e aproveita o tempo na cidade para utilizar as agências bancárias.

"Não temos bancos aqui, então no intervalo do almoço eu aproveito para pagar as contas. O desespero é na hora do ônibus, o motorista dirige super bem, mas a lotação é demais”, relata.
Desde janeiro de 2016, quando diversas agências bancárias foram atacadas em Sarapuí, a cidade não tem mais bancos e, por esse motivos, dezenas de passageiros se deslocam até Itapetininga para realizar suas transações financeiras, além de outras atividades.
A aposentada Anézia Bonini, por exemplo, vem até a cidade, em média, três vezes por semana. "Eu tenho vir no médico, já só idosa, então preciso vir a vários médicos. Para comprar remédio preciso vir na farmácia aqui. É muito complicado, não só pra mim, pra todo mundo", desabafa.

Posição da empresa


A empresa de ônibus afirma que a viagem é uma linha suburbana com lotação máxima de 80 passageiros, ou seja, 43 pessoas sentadas, 37 pessoas em pé e reservado quatro assentos preferenciais. Ainda segundo a empresa, após a lotação máxima de 80 passageiros a empresa providencia carro extra.
A empresa ressalta ainda que os veículos de linha urbana e suburbana com característica de urbana, o caso da linha Sarapuí-Itapetininga, não utiliza cinto de segurança, vez que os veículos originalmente saem sem cinto das fábricas.
Quanto ao horário desatualizado, a empresa diz verificar no prazo máximo de dois dias, até domingo (14), para que seja atualizado com os novos horários. Cabe ressaltar ainda que a empresa não estava ciente dos horários desatualizados no site da prefeitura de Sarapuí, vez que faz aproximadamente dois anos que não altera os horários.
Sobre os órgãos Artesp e Prefeitura, a empresa não foi notificada sobre o assunto, pois esta agindo de acordo com a legislação vigente, completa a empresa.
 Passageiros que vão de Itapetininga para Sarapuí relatam dificuldades na viagem (Foto: Reprodução/TV Tem)

Fonte: G1

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