Falta de professores no Ceprom deixa alunos sem aulas em Itapetininga

Professores pararam aulas após prefeitura oferecer R$ 12 por hora/aula.
Diretor da unidade diz que aulas serão repostas futuramente.


Estudantes dos cursos de instalação e manutenção de ar condicionado e de manutenção elétrica do Centro Profissionalizante Municipal (Ceprom) de Itapetininga (SP) afirmam que não tiveram aulas nesta quinta-feira (3) devido à ausência de professores. Segundo eles, esta foi a terceira vez no mês que não receberam aulas, já que em 3 e 27 de outubro não havia professores. Pelo menos 40 alunos foram prejudicados com o problema, segundo os estudantes.
De acordo com os alunos, o problema da falta de professores começou em agosto deste ano, quando a prefeitura fez uma licitação para contratar professores terceirizados. Alguns instrutores que já davam aulas no Ceprom continuaram, mas outros não aceitaram as novas condições, como o valor pago pelas horas das aulas. Segundo eles, foi oferecido R$ 12 por hora/aula, mas antes era pago R$ 24. Contudo, os alunos alegam que ninguém entrou no lugar dos que deixaram o Centro e, quando entra, o profissional não é qualificado.
Enquanto não há um acordo definitivo das partes, entre os alunos fica a incerteza, afirma o estudante e auxiliar de produção Aureo de Oliveira. “Existia todo um cronograma que deveria ser seguido e a gente, querendo ou não, fica comprometido porque não tem aula prática. Se nós não temos aulas práticas como vamos ser bons profissionais?”, questiona.
Atualmente, na unidade são oferecidos 20 cursos de graça. Ao todo são 17 instrutores e as aulas funcionam em três períodos. São cursos técnicos como eletricidade, costura industrial, mecânica, entre outros. Muitas aulas têm parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
“Infelizmente devido à mudança de regra no meio do jogo a coisa parou. A gente quer um bom profissional de volta aqui para dar essas aulas para a gente continuar o curso”, completa o estudante Mario Augusto de Oliveira.
Posição do Ceprom
Sobre a falta de aula em 27 de outubro, o diretor do Ceprom, Edno Antunes, alega que no caso a data foi emendada pelo feriado do funcionário público. “Quanto ao ar condicionado não teve aula no dia 28 de outubro, que era para ser feriado do dia do funcionário público. Mas no mais todos os outros dias tiveram aulas, porque o professor estava aqui na escola”, afirma.
Já em relação à falta de professores nos dois cursos, Antunes diz que novos profissionais já estão sendo testados para as vagas. “Quanto ao professor no curso de ar condicionado não foi posto nenhum professor ainda, estava para ter aula amanhã [sexta-feira, 4]. Agora na área de elétrica foi colocado um instrutor, mas infelizmente ele não deu certo. Ele passou por uma avaliação do Senai e não foi aprovado. Nós estamos encaminhando hoje [quinta-feira] para o Senai mais instrutores para fazer avaliações”, alega.
O diretor da unidade espera que até segunda-feira (7) o problema seja resolvido. “A gente acredita que a partir de segunda-feira as coisas vão se normalizar com os instrutores”, conclui.
Diário de classe mostra dias em que não houve aula (Foto: Reprodução/ TV TEM)
Fonte: G1

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