Sistema monitora leito e quantidade de chuva para tomada de ações.
Bairro ao lado do ribeirão alagou após chuva em janeiro deste ano.
Um sistema de monitoramento foi instalado para tentar prever alagamentos em bairros próximos a ribeirões de Itapetininga (SP). Um dos locais beneficiados com o projeto é a Vila Máximo, onde passa o Ribeirão dos Cavalos. Casas do bairro foram alagadas em janeiro deste ano depois de um temporal. Agora, a coordenadora da Defesa Civil do município e comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), Catarina Nanini, espera tomar medidas preventivas em conjunto com moradores.
“Pretendemos ao longo desses dias convocar a população, alguns representantes do bairro, para fazer uma parceria conosco. E quando nós percebemos que está em uma situação de atenção, avisar esses moradores para que a população fique alerta. No caso, levante os móveis para lugares mais seguros, que saiam do imóvel. Isso para que, em tempo hábil, a gente consiga uma medida preventiva”, afirma.
O sistema on-line foi instalado no último sábado (29) pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia. O monitoramento é feito pela equipe da Defesa Civil municipal.
“Nós temos um sistema de radar, que faz uma medição do leito do rio, do nível da água, a capacitação de chuvas, em que calcula os índices pluviométricos, e uma câmera que é direcionada para o leito do ribeirão em que dá para ver as imagens em tempo real. Todo esse sistema capta as informações de hora em hora e lança no sistema online, que nós podemos acompanhar do nosso centro de comunicação como a população através da internet”, completa Catarina.
O autônomo Luiz da Cruz, morador da Vila Máximo, quase foi atingido pelo alagamento de janeiro. Segundo ele, a água chegou à altura de 20 centímetros dentro da garagem da casa dele. Porém, vizinhos foram prejudicados. “Perde-se tudo, porque entra dentro da casa rapidamente. Perde mantimentos, móveis, enfim. Meus vizinhos sofreram com essa enchente e a gente sofre do mesmo jeito, fica sentido”, comenta.
Com a instalação do sistema, Cruz acredita que os danos ao acontecer um alagamento sejam reduzidos. “Com esse aparelho, que é um alarme, vai melhorar. É uma coisa muito boa”, conclui.
Fonte: G1