Setor de vendas diretas é alternativa para moradores de Itapetininga

Vendas de porta a porta ajudam na renda extra, dizem moradores.
Setor cresceu 5,9% no Brasil em 2015 e gera empregos.


A busca por um complemento na renda mensal tem feito com que moradores de Itapetiningainvistam no setor de vendas diretas, que é quando produtos são vendidos de porta em porta ou no interior da casa. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas, este mercado já conta com mais de 4 milhões de pessoas no Brasil e gera cerca de 8 mil empregos diretos. No primeiro semestre de 2015 a modalidade cresceu 5,9% e o país ocupa a quarta posição no ranking da Federação Mundial das Associações da Venda Direta.
Cássia Aparecida Gandin trabalha durante o dia como contadora em uma empresa de Itapetininga. Mas, no final do expediente, vende cosméticos de porta em porta. De acordo com ela, há cinco anos decidiu ter este "segundo turno" e afirma que superou as expectativas.
“Nos dois primeiros anos me ajudou a pagar a faculdade. Depois ajudou na reforma da minha casa e nas festas de aniversários. Agrega até hoje na minha renda, então, é um bom negócio. Embora estejamos numa crise, todo mundo vai dar um presente. Deixar de comprar ninguém vai. Podem até diminuir, mas existe a abertura. Cabe correr atrás dos clientes”, afirma.
Tamara Araújo também decidiu ser vendedora direta. Além de ser personal trainner e ter uma academia de ginástica, ela vende shakes há quatro anos. “Eu comecei trabalhando com educação física na parte de academia e um aluno viu que eu tinha potencial de venda. Foi assim que comecei a trabalhar com os shakes e suplementos. Ajuda bem na renda, sendo em torno de 30 a 40%”, conta.
E a venda direta não precisa ser apenas uma segunda opção de renda. Há um ano, Geizi Mendes começou a vender cosméticos pessoalmente. Segundo ela, a escolha foi pelo fato de não precisar ter uma loja física. “A cliente pode vir até a minha casa ou vou até a casa dela no horário que seja melhor para ela. Esse é um fato que diferencia a venda direta. As clientes querem praticidade”, afirma.
Segundo o consultor financeiro Victor Hugo de Moraes Rosa, é necessário planejamento também nas vendas diretas. “Tem que ter uma gestão, um controle de estoque. A pessoa precisa saber que aquele dinheiro, embora seja para renda extra, tem que dar continuidade ao negócio. Ter uma renda extra e gastar com outras coisas que não direcionam para o crescimento do mercado não faz sentido nenhum. Se a pessoa não tiver uma gestão e disciplina, pode gerar uma frustação. A venda direta tem que ir atrás do consumidor. Ficar no sofá esperando as pessoas virem não vai ter resultado nenhum”, afirma.
Setor de vendas diretas cresceu em Itapetininga (Foto: Reprodução/TVTEM)
Fonte: G1

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