Índice de chuva foi de apenas 12 milímetros entre julho e agosto deste ano.
'Aumento no preço se tornou inevitável', afirma produtor de bananas.
A falta de chuva em Itapetininga (SP) e região durante o inverno afetou a produção das frutas tropicais, segundo os agricultores. De acordo com a Casa das Sementes de Itapetininga, choveu apenas 1 milímetro em agosto e apenas 11 milímetros em julho deste ano.
“Este ano, por conta da geada de junho e falta de chuva, várias culturas foram prejudicadas e o aumento do preço se tornou inevitável. Não é culpa do produtor, que precisa manter a renda mesmo com a falta de produção”, afirma o agricultor João Luiz Brandão Martins Júnior.
Dono de uma plantação de bananas na região, João conta que as más condições climáticas precisaram ser amenizadas com a irrigação. Apesar da saída encontrada, contudo, a colheita renderá menos do que em 2015.
“O clima faz muita diferença na produtividade de qualquer cultura. A gente tenta amenizar isso com a irrigação, mas não dá para obter o mesmo efeito que a chuva. Tivemos uma geada neste inverno e isso atrapalhou o cultivo. Além disso, ainda não choveu. A gente está esperando que chova para poder recuperar a produção”, completa o agricultor.
A grande variação climática para o engenheiro agrônomo Edgar Massari Petisco, do Departamento de Sementes Mudas e Matrizes, dificulta a previsão realizada pelos agricultores. “O clima afeta diretamente o desenvolvimento das plantas. Entretanto, todo o conhecimento adquirido pelos produtores, de repente, não está valendo mais”, diz.
Reflexo nos preços
Segundo os produtores, devido à falta de chuva e recentes geadas, houve aumento no valor da venda do produtor para os mercados da região e, consequentemente, reflete no bolso dos consumidores. Exemplo do efeito está no valor de alguns alimentos: o mamão papaya aumentou de R$ 6,99 para R$ 11,90, apenas no último mês; a banana nanica encareceu de R$ 2,99 para R$ 4,99; e o tomate, que saltou de R$ 3,99 para R$ 5,99.
Segundo os produtores, devido à falta de chuva e recentes geadas, houve aumento no valor da venda do produtor para os mercados da região e, consequentemente, reflete no bolso dos consumidores. Exemplo do efeito está no valor de alguns alimentos: o mamão papaya aumentou de R$ 6,99 para R$ 11,90, apenas no último mês; a banana nanica encareceu de R$ 2,99 para R$ 4,99; e o tomate, que saltou de R$ 3,99 para R$ 5,99.
“Está tudo caro, mas como vai fazer? A criança precisa de uma fruta, assim como nós. A gente compra uma e acabou. Não dá mais para comer a vontade”, reclama a aposentada Lina Luppe.
“A geada trouxe consequências no preço da banana e mamão, que está exuberante. A salada é um prato que não falta. O jeito[para os consumidores é comprar, mas comer menos”, conclui a empresária do ramo Luciana Roberta.
Fonte: G1