Desde janeiro, 14 agências foram atacadas na região de Itapetininga.
A região de Itapetininga (SP) registrou, desde o início do ano até o mês de maio, 14 ataques a agências bancárias, sendo nove deles em cidades com menos de 30 mil habitantes. Segundo a polícia, a preferência por municípios pequenos é devido ao número reduzido de policiais nas ruas e a facilidade de acesso às rodovias e estradas rurais.
Um levantamento feito constatou que a maioria dos crimes na região aconteceu entre os dias 11 e 20 e quatro deles foram às quintas-feiras. Já no ano passado, que registrou 13 ataques a bancos nesse mesmo período do ano, a maioria dos crimes aconteceu entre os dias 1º e 10 e quatro deles aos sábados.
De acordo com o delegado assistente da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itapetininga, Luiz Henrique Nunes, as mudanças no dias e modo dos criminosos agirem foram observadas pela Polícia Civil.
"Toda mudança foi identificada e estamos tentando moldar nosso trabalho diante dessas alterações. Talvez os criminosos tenham observado que as polícias reforçaram a segurança no começo do mês para evitar as explosões nesse período, principalmente por acontecer o pagamento. Por isso tenham mudado a forma de agir e os dias também", explica.
Segundo o tenente-coronel do 22º Batalhão da Polícia Militar de Itapetininga, Marcelo Amaral Oliveira, a polícia tem feito redistribuição do armamento para os policiais das cidades pequenas. “Atualmente estamos fazendo uma redistribuição do armamento para armar melhor os policiais que estão nos municípios menores. Mas estamos preparados. Os policiais em cidades menores possuem um armamento de longo alcance.”, afirma.
Aumento de ataques
De acordo com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) entre 2014 e 2015 houve aumento de 2% nos casos de ataques a agências bancárias no país. Passaram de 385 para 393 no país. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) diz que não faz levantamento de furtos e explosões a caixas automáticos ou cofres de agências bancárias.
O delegado Luiz Henrique Nunes afirma que a polícia já notou que os criminosos estão explodindo mais os cofres do que os caixas eletrônicos. Apesar de ninguém ter sido preso na maioria dos casos, todos os ataques na região estão sendo investigados.
“Foi alterado o sistema de utilização do caixa eletrônico e os bandidos notaram essa diferença e tentaram adaptar sua conduta criminosa à nova realidade criada. E essa é a função da polícia, identificar as novas situações e criar condutas que possam coibir essas práticas” conclui.
| Número de Habitantes | Ano | Cidades | TOTAL |
|---|---|---|---|
| Abaixo de 10 mil: | 2015 | Pereiras | 1 |
| 2016 | Sarapuí, Pereiras | 2 | |
| Entre 11 a 20 mil: | 2015 | Guapiara, Cesário Lange (duas vezes), Taguaí, Conchas, Guareí (duas vezes), Itaberá | 8 |
| 2016 | Conchas (duas vezes), Bernardino de Campos, Paranapanema, Buri | 5 | |
| Entre 21 a 30 mil: | 2015 | Angatuba | 1 |
| 2016 | Pilar do Sul, Laranjal Paulista, itaí | 3 | |
| Entre 31 a 40 mil: | 2015 | - | - |
| 2016 | São Miguel Arcanjo (duas vezes) | 2 | |
| Entre 41 a 50 mil: | 2015 | Cerquilho (duas vezes) | 2 |
| 2016 | Cerquilho (duas vezes) | 2 | |
| Acima de 51: | 2015 | Itapetininga | 1 |
| 2016 | - | - |
Fonte: G1
