- Mudança pode obrigar alunos a mudarem de escola ano que vem.
Diretoria Regional de Ensino defende que proposta será benéfica.
Alunos, pais, professores e representantes de escolas estaduais em Itapetininga (SP) protestaram, nesta quinta-feira (1°), contra a proposta de reestruturação das escolas. Se for aprovada, a medida passa a valer no ano que vem e prevê que as escolas tenham três ciclos únicos: do 1° ao 5° ano, do 6° ao 9° ano e o ensino médio. Cada ciclo terá uma escola exclusiva. E muitos estudantes então teriam que mudar de colégio.
A diretora regional de Ensino, Vera Lúcia Vieira de Paula, alega que o objetivo dessa proposta é melhorar a qualidade de ensino. Segundo ela, os estudantes só podem ser remanejados para escolas que fiquem em um raio de até 1,5 quilômetro do bairro onde vivem. Portanto, em Itapetininga, muitos colégios não tem estrutura para receber essas mudanças. “Nós estamos estudando poucos bairros, as maioria não conseguiremos fazer esse remanejamento”, diz.
A aluna Larissa Arantes participou do ato. Para ela, a mudança pode trazer prejuízos. “Vai pesar porque ano que vem é o terceiro colegial, ano de estudar e se preparar para o Enem e teremos que nos adaptar a uma escola nova, um novo método de ensino que não estamos adaptados.”
A aluna Amanda Perin comenta também que a mudança pode trazer prejuízos aos professores. Além de serem contra as mudanças, alguns acreditam que muitos profissionais podem ser demitidos. “A cada ano essa quebra de ciclo causaria um transtorno não só para os professores que tendem a se socializar com os alunos, quanto aos alunos que têm que se relacionar com o ambiente escolar”, conta.
Vera afirma que nenhum professor será demitido e a mudança permite que eles façam apenas a jornada de trabalho em apenas uma escola. “Eles terão a possibilidade de constituir jornada em uma única escola, favorecendo um trabalho mais direcionado por faixa etária dentro do projeto pedagógico de cada escola”, defende.
fonte: g1.globo.com